As obras de melhoria e expansão das linhas de metrô de Belo Horizonte, previstas para serem iniciadas em agosto deste ano, vão gerar 28 mil vagas de emprego para atuação pelos próximos seis anos. Já está em curso um processo de remanejamento dos profissionais para outros cargos dentro da MetrôBH, concessionária responsável pelo transporte sob trilhos da capital. As intervenções podem levar a Linha 2 até as proximidades da praça Sete ou até a região hospitalar.
“Vamos precisar de profissionais de todas as formações trabalhando dentro da empresa e com a nossa empresa. Já mapeamos na nossa equipe uma série de profissionais que têm qualificações, mas que não estão sendo aproveitados na função na qual são capacitados. Por exemplo, temos vários engenheiros que não desempenham essa função aqui dentro. Então existem engenheiros que são supervisores, líderes de estação. E esses profissionais podem ser aproveitados dentro da companhia nessa nova fase que a companhia vai começar em agosto em uma posição de engenharia”, disse o presidente da MetrôBH, Guilherme Martins.
As obras de expansão do metrô em Belo Horizonte devem gerar cerca de 28 mil empregos diretos. Haverá, também, uma mudança no quadro interno de funcionários. Guilherme Martins, presidente do MetrôBH, explica as novas contratações. pic.twitter.com/I3KjsJFEIl
Segundo Martins, um mapeamento está em curso para definir os novos postos de trabalho. “Então estamos mapeando, conhecendo essas pessoas, mapeando os colaboradores. Apreciando as qualificações técnicas e pessoais de cada um para conhecê-los e já estamos com a nova estrutura sendo desenhada para fazer frente a esses investimentos. Vamos ter uma grande movimentação de colaboradores dentro da companhia para se adaptar a esses próximos seis anos de ampliação. Estamos falando em torno de R$ 3,7 bilhões de investimentos”, explicou.
Alda Lúcia, presidente do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), manifestou a preocupação com a abertura das vagas por parte da empresa, que é ligada ao Grupo Comporte. Segundo ela, claro que há a satisfação de empregar mais pessoas principalmente em um cenário de grande desemprego como ocorre no país, porém, ela diz estranhar “falar de novos empregos quando não se tratam com respeito os atuais funcionários”. Segundo ela, o acordo coletivo vence neste mês e, até o momento, a empresa não chamou a categoria para conversar sobre o assunto.
Já sobre o fato de a empresa pretender usar os funcionários de acordo com as qualificações, Alda vê isso como positivo, já que é uma forma de valorizar o servidor, que poderá exercer a função de acordo com a respectiva formação.