Minas Gerais dobrou os casos diários de Covid-19 em um mês, conforme aponta o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), desta segunda-feira (11). O motivo, conforme especialista ouvido pelo O TEMPO, tem relação com as subvariantes da Ômicron Ba4 e Ba5 (veja abaixo). Em Xangai (China), há a investigação de outras subvariantes. 

Somente nas últimas 24 horas, o Estado registrou 16.748 diagnósticos positivos da doença. O número é 108% maior do que o divulgado no dia 10 de junho. Na oportunidade, a pasta contabilizou 8.017 casos. Desde o início da pandemia, em Minas Gerais foram registrados 3.708.034 casos da enfermidade.

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No mesmo período também foi observado um aumento no número de mortes devido à Covid-19. No boletim desta segunda-feira, é informado que 33 pessoas morreram em decorrência de complicações da doença. Comparado com 10 de junho (no dia 11 não foi divulgado o boletim), houve acréscimo de 65% de óbitos, visto que foram contabilizadas 20 mortes. Minas Gerais registra 62.380 óbitos desde o início da pandemia.

Vacinação contra a Covid-19

A vacinação, importante aliada contra o novo coronavírus, segue em toda Minas Gerais. Segundo a SES-MG, mais de 53 milhões de doses foram enviadas pelo Ministério da Saúde. Veja o quantitativo de doses aplicadas:

  • 1ª dose - 17.950.600
  •  2ª dose - 16.327.428
  • Dose única - 514.483
  • 1ª dose de reforço - 10.344.850
  • 2ª dose de reforço - 1.986.993

Especialista explica sobre a Ômicron

O infectologista Geraldo Cury explicou que as subvariantes da Ômicron, Ba.4 e Ba.5, são as responsáveis pelos novos casos de Covid-19 no país. No Rio de Janeiro, as novas infecções relacionadas à subvariante da Ômicron chegam a 100%. Já em São Paulo, esse índice é de 93%. "Temos observado mais quadros de reinfecção", explicou o médico. Ainda segundo ele, o que "impede as hospitalizações e a morte é a imunização". "É preciso se vacinar", reforçou.

Nova subvariante na China 

Enquanto isso, os bloqueios para tentar conter a doença prosseguem na China. Xangai descobriu um caso envolvendo uma subvariante Ômicron BA.5.2.1, segundo um funcionário, sinalizando as complicações que a China enfrenta para acompanhar novas mutações à medida que segue sua política de "zero-covid".

O médico brasileiro diz que o surgimento de novas subvariantes é comum e que ele acredita que "o número de casos no Brasil vai aumentar até, ao menos, o fim do mês".