O dono do bar contou que os quatro suspeitos chegaram e já foram em direção à vítima, que correu para o banheiro. Já a namorada de Pablo, que também estava no local, detalhou que, primeiro, um adolescente entrou dentro do estabelecimento perguntando por chocolate. Desconfiada, ela o seguiu com os olhos e viu quando ele saiu do local e retornou com mais três homens armados.
Ainda de acordo com ela, o grupo disparou contra o companheiro e acertou os outros dois homens que trabalham no local. Ela acredita que os jovens foram atingidos por acidente. Eles foram socorridos para a UPA Diamante e, em seguida, levados para o Hospital de Ptonto-Socorro João XXIII. O jovem de 19 anos foi atingido no quadril, e o outro na virilha. Até o fechamento desta edição, o centro de saúde não havia repassado informações sobre o estado de saúde dos feridos.
"Ouvi uns 30 tiros. A primeira reação foi me esconder, mesmo estando dentro da minha própria casa. Foram uns cinco minutos ouvindo disparos sem parar. Quando saí na porta de casa vi muitas cápsulas de bala na calçada e dois homens feridos perto do poste. As pessoas ainda me disseram que um homem havia sido baleado e estava morto dentro do bar. A rua ficou uma confusão só. As pessoas que estavam no bar desapareceram quando ouviram a sirene do carro da polícia chegando", disse o vizinho, que preferiu não se identificar.
Sensação de medo
De acordo com moradores da região que preferiram o aninimato, o bar funciona há menos de três meses no bairro e é conhecido por ser frequentado por pessoas que possuíam envolvimento com o tráfico de drogas.
"Demorou para acontecer uma morte neste lugar. O comportamento dos frequentadores dava medo", disse um morador da região que não quis se identificar.
Após o tiroteio, bar foi fechado
Ainda conforme moradores da região, horas depois do crime o dono do estabelecimento retirou a placa da fachada do imóvel e trancou o local. Ele teria dito que não voltaria mais ali.
"Ele 'arrumou' uma pressa, arrancou a placa da porta, fechou o bar e disse que ia entregar o ponto, porque já tinha passado da hora disso acontecer", disse um vizinho, que preferiu o anonimato.