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Uma semana após a reabertura dos primeiros setores do comércio, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) lançou uma página em seu site onde são publicadas informações a respeito da retomada econômica do município e da evolução da pandemia de Covid-19 na capital mineira. O nível de alerta geral nesta segunda-feira (1º) é considerado vermelho conforme atualização mais recente no portal feita há três dias, o que significa que a epidemia está em expansão na cidade e é esperado que a ocupação dos leitos de UTI cresça nos próximos 14 dias – atualmente a taxa está em 52%, o que desperta o nível amarelo de alerta do indicador.
Os dados oferecidos pela PBH são importantes para que a população compreenda se há ou não possibilidade de uma reabertura segura do comércio. O balanço da pandemia de coronavírus em Belo Horizonte, publicado semanalmente às sextas-feiras, é determinante para que o município decida continuar a retomada ou pará-la. Os relatórios de monitoramento também estão expostos no site referente à reabertura das atividades, que contém ainda notas explicativas sobre os decretos publicados até o momento em relação às medidas de combate à Covid-19 e esclarece como será feita a reabertura em BH através de fases.
O portal contempla ainda os comerciantes que estão em dúvida se podem ou não reabrir as portas nesta primeira etapa da retomada econômica iniciada na segunda-feira. Com o código CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) em mãos, o proprietário poderá acessar todas as restrições de horários impostas até o momento e descobrir quais os protocolos sanitários determinados pela PBH para seu tipo de negócio específico.
Entenda quais são as fases
Atualmente, a cidade de Belo Horizonte está estacionada na primeira etapa da reabertura iniciada há uma semana, na segunda-feira (25). Quatro dias depois, na sexta-feira (29), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) comunicou ter adiado a ampliação do processo de flexibilização e, com isso, permanecem abertos apenas aqueles estabelecimentos que já voltaram a funcionar, como salões de beleza e concessionárias.
A decisão de frear a reabertura é do Comitê de Enfrentamento à Pandemia da Covid-19 de BH a partir dos indicadores de alerta criados para monitorar a pandemia. Na próxima sexta-feira (5), o comitê comunicará se BH poderá seguir para a segunda etapa de reabertura, que contempla lojas de roupas e calçados por exemplo, se será necessário permanecer na atual condição ou mesmo se poderá ser decretado estado de lockdown.
No podcast Tempo Hábil Entrevista: médico do comitê da PBH explica por que abertura não é o fim do distanciamento
Através do site criado, a PBH pontua que cada uma dessas medidas será espelhada nas ações da população, ainda orientada a sair de casa apenas caso seja necessário. A determinação de medidas como distanciamento social e proibição de aglomerações começou ainda em 18 de março, data que a PBH considera como o início da “fase de controle” da pandemia de Covid-19.
Os dois indicadores usados pela PBH para permitir a reabertura ou decidir pará-la são: número de médio de transmissão por infectado e a ocupação dos leitos de UTI. A ocupação dos leitos de enfermaria destinados a pacientes com Covid-19 também é um ponto checado pelo município para monitorar a situação, mas atualmente não há nível de alerta quanto este critério. O número médio de transmissão serve para indicar se a pandemia está em expansão ou não. Hoje, o nível de alerta geral com base nos indicadores é vermelho, o que sugere regressão do processo de reabertura.
O nível de alerta geral amarelo é usado quando a situação é mais tranquila, então os índices são analisados minuciosamente para que o comitê decida se a cidade permanece na fase em que está da reabertura ou se poderá passar para a próxima – serão quatro no total. O nível de alerta geral verde aponta evolução da retomada econômica. Esses dados são atualizados diretamente no portal criado pela prefeitura e podem ser acessados por qualquer cidadão.
Esclarecimentos
Em pronunciamento na sexta-feira passada (29), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) declarou que a decisão de parar a reabertura não é unânime. Ele reforçou que o aumento de casos em municípios do interior impede que a cidade afrouxe as medidas de isolamento social. “Fiquei assustado com o que eu vi. Se BH fosse uma ilha, nós poderíamos flexibilizar à vontade, mas não somos ilha”, defendeu.
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