Em meio a um contexto de incertezas sobre a paternidade do filho com Eliza Samudio e pedido recente de exame de DNA feito à Justiça, o goleiro Bruno Fernandes falou sobre as questionamentos que possui sobre o processo. Durante entrevista exclusiva a O Tempo, ele diz “ter dúvidas de muitas coisas” e promete de esclarecer situações em que, segundo ele, teria sido obrigado a omitir.  

O garoto tem o nome do goleiro e teve a paternidade presumida determinar a paternidade presumida. A reportagem o questionou sobre outras dúvidas, inclusive se a modelo realmente morreu ou não. A resposta veio após alguns segundos de silêncio. "Eu tenho dúvidas de muitas coisas, sabe? Porque eu tive que me calar, eu fui obrigado a me calar e todo mundo naquele momento jogou na minhas costas. Então chegou a hora de esclarecer muita coisa e no momento certo vai ser esclarecido", afirmou. 

 Sobre a paternidade, o goleiro contou que a dúvida sempre vai existir e que se o filho for dele, é fruto de um "acidente de trabalho" de Eliza. "(Sempre vou ter a dúvida por causa) da forma que foi o relacionamento com a Eliza. Não teve relacionamento, nós não tivemos, ela nunca foi minha namorada. Vou voltar a dizer, nunca foi minha namorada, nunca foi uma amante. Ela nunca foi. Digamos que foi um acidente de trabalho por parte dela, né? Então, assim, existe a possibilidade de eu não ser o pai. Inclusive a própria Eliza em uma entrevista no programa de televisão, ela mesmo em uma gravação fala com uma amiga que 'se ele não for pai eu tenho que devolver tudo'. Então assim, ela mesmo faz uma ressalva. Se a mãe que é ela tem dúvida, imagina eu que sou suposto pai?", indagou.  

O goleiro disse que apesar de já estar em livramento condicional pelo crime, ainda busca por Justiça, já que, segundo ele, isso não ocorreu até o momento. Ele fez uma comparação com a série "Olhos que condenam", da Netflix. "É um caso bem parecido com o meu porque foi um crime midiático, né? Aqueles adolescentes foram condenados e envolveram muita gente e no fundo no fundo todos os caras sabiam que eles eram inocentes, né? Teve uma parte que eu acho curiosa desse filme que o advogado fala com a promotora 'olha, você sabe muito bem que eles são inocentes' e a promotora simplesmente fala assim 'ah, a gente não quer saber se são culpados ou inocente e o que importa agora é a política'. Ela fala desse jeito, então eu fico imaginando e passa um filme na minha cabeça. Como que foi para própria juíza chegar próximo do Macarrão e agradecer ele pelo fato dele ter feito a delação premiada e ela simplesmente condenar tudo mundo em cima de uma das falas do Macarrão", disse.  

 "Eu quero que seja feita justiça, se é que realmente sou culpado ou inocente, eu vou correr atrás ainda dessa situação. Não acabou e enquanto eu tiver vida eu vou correr atrás da própria justiça. Que a justiça seja feita de verdade, não da forma que foi feito o processo. O processo é todo mentiroso, qualquer estudante de Direito, se você perguntar, sabe que esse processo é nulo".

Resposta

Por meio de nota, a advogada Maria Lúcia Gomes, que defende a família de Bruninho, afirmou que todos os cidadãos têm o direito de postular em juízo aquilo que imagina ser um direito", mas que cabe aos advogados analisarem se "esse direito não está precluso, se já foi julgado ou se existam elementos para modificar aquilo que já foi objeto de julgamento".

Ela ainda pontuou que o processo em questão não discute a paternidade, mas sim a indenização por danos materiais e morais causados à criança. "(Esses danos foram causados) por ele Bruno. Esse dano requerido está configurado em provas documentais e inquestionáveis. Difícil a reforma dessa sentença pelo TJMS", disse.

A advogada ainda considera que "independente da paternidade do autor da ação, o Bruninho sofreu na alma e de perto a separação da mãe" e "são marcas que até hoje permanecem e para sempre permanecerão". "Esse dano cometido por quem quer que seja a outrem deve ser reparado", chancelou.