Citada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como responsável pela venda de substâncias contaminadas usadas para produção de petiscos, a empresa Tecnoclean Industrial diz ter comprado o composto de outra empresa. A suspeita é de que os alimentos tenham provocado a intoxicação e morte de pelo menos 40 cães em Minas Gerais e em outros estados.
Em comunicado afixado nesta quinta-feira (8) na sede da empresa em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, o empreendimento diz ter atuado apenas como revendedor e que não fabrica a substância, tendo comprado de outra empresa. No mesmo comunicado, a empresa informa não ter registro junto ao Mapa por ser uma unidade apenas de venda e não produção de substâncias.
A substância em questão é o propilenoglicol, um anticongelante usado na indústria de alimentos. Conforme o Mapa, houve contaminação da substância por etilenoglicol — altamente tóxico ao organismo. A pasta investiga como ocorreu esse contágio.
Segundo o Ministério, as substâncias contaminadas ocorreram nos lotes AD5053C22 e AD4055C21, adquiridos da empresa Tecno Clean pela fabricante Bassar, que produziu os petiscos que, segundo apuração policial, podem ter causado intoxicação e morte de cachorros.
Por causa dessa contaminação, o Mapa solicitou que todas empresas do setor de alimentações que adquiriram a matéria-prima do fornecedor retirem produtos fabricados e distribuídos ao mercado.
A reportagem entrou em contato com a empresa que teria vendido o produton para a Tecnoclean e aguarda retorno. Procurada, a Vigilância Sanitária de Contagem disse ter vistoriado o espaço, em 8 de setembro. "Foi constatado que a filial da TecnoClean não fabrica o produto propilenoglicol, alvo da investigação, não sendo identificadas irregularidades", informou em nota.
Matéria atualizada às 14h18