Queixas sobre a condição dos ônibus em Belo Horizonte lideram o ranking de queixas no mês de março. A informação consta no balanço divulgado pela prefeitura nesta terça-feira (18) sobre o último repasse do subsídio às concessionárias prestadoras do serviço na capital mineira.
Entre julho de 2022 e o mês passado, as empresas do transporte convencional receberam R$ 221.332.455,74, enquanto as do transporte suplementar receberam R$ 11 milhões. Os recursos foram pagos pela prefeitura, que desembolsou cerca de R$ 160 milhões, e pela Câmara municipal, que arcou com cerca de R$ 70 milhões.
O fim do subsídio fez com que as concessionárias acionassem a Justiça para pedir um aumento das passagens de R$ 4,50 para R$ 6,90 — alta de 53%. Em 4 de abril, a 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal da capital chegou a determinar o reajuste. No dia seguinte, o entanto, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acolheu recurso do Executivo e cancelou o aumento.
Segundo o balanço da prefeitura, foram realizadas 4,7 mil reclamações sobre o serviço em março; 7% são queixas sobre o “funcionamento do ar-condicionado” e 7% sobre o “estado de conservação dos veículos”. As duas estão na primeira posição do ranking. Em seguida, aparecem denúncias de “descumprimento de itinerário”, com 5%.
As reclamações podem ser feitas pelo aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp, pelo telefone (31) 98472-5715 e pela plataforma BH Digital.
Fim do subsídio
A Prefeitura de Belo Horizonte articula a aprovação de um novo subsídio, no valor de quase R$ 500 mil, até o fim do ano, para evitar um novo aumento das passagens. O projeto foi encaminhado à Câmara Municipal, mas enfrenta resistência do presidente da Casa Legislativa, Gabriel Azevedo (sem partido).
Superintendente da Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob), André Dantas disse que o formato do subsídio “é tendência nas grandes capitais como forma de favorecer o cidadão”. “Precisamos amadurecer essa discussão”, alegou.