“Entre 21h e 21h35 da noite do dia 5 de novembro avistei no céu 12 objetos voadores não identificados que faziam movimentos no sentido leste-oeste, e o inverso; e sul-norte, e também no sentido inverso, quando eu sobrevoava o Espírito Santo. Dois deles se aproximaram da aeronave. Os UFOS apresentavam luz branca com uma espécie de halo esverdeado e foram visualizados sempre à frente da aeronave pelo para-brisa frontal. Além de mim, que era o comandante do voo, e do copiloto, que estava ao meu lado, chamei à cabine dois comissários para serem também testemunhas desse fenômeno”. 

Este foi o relato de um piloto da aviação comercial que pediu anonimato e foi dado ao ufólogo Marco Petit, que investiga o fenômeno UFO desde 1975, tem 13 livros publicados e um quase saindo do forno “Marte Revelado: Vida no Passado e Presente”. 

O que chama a atenção é que os avistamentos de naves são algo corriqueiro, mesmo que nem sempre comprovados, mas nas últimas semanas os UFOS sobrevoaram bem próximo às aeronaves comerciais e durante um bom tempo. Há áudios dos pilotos se comunicando com as torres, que, no entanto, não identificaram as naves em seus radares. 

“Periodicamente, temos o que chamamos de ‘ondas ufológicas’, que cresceram nos últimos dias no sul do Brasil. Isso não quer dizer que estejamos à beira de um contato final hoje ou amanhã, mas em contagem regressiva, cuja data final desconhecemos”, observa Petit. 

O pesquisador relata que, sempre que a humanidade passa por momentos difíceis, principalmente ligados a guerras, há a detecção de uma presença maior dos UFOS e seus tripulantes. “Isso é fato, não apenas verificado em minhas investigações, mas por outros ufólogos. Sabemos que, por trás do fenômeno ufológico, estão várias civilizações com interesses distintos e originárias de outros sistemas estelares”. 

Petit revela que “há evidências de que esses seres alienígenas que se manifestam em nosso planeta também se fazem presentes em boa parte do sistema solar. Isso tem sido documentado por meio de imagens da própria agência espacial norte-americana, principalmente”. 

O fato é que a humanidade encontra-se diante de contatos com várias civilizações com objetivos diferentes em relação a nós. “Parece existir um grupo que reúne várias dessas civilizações que têm o mesmo propósito: o processo de evolução da humanidade, preparando-a para uma espécie de reintegração cósmica a um grupo do qual ela teria feito parte no passado. Outro objetivo desse grupo seria impedir que outros representantes extraterrestres não tão positivos dentro das civilizações cósmicas possam atuar aqui no nosso mundo”, avalia o ufólogo. 

Mas há muitas possibilidades de contato. “Não estamos livres de alguém ter contato com algum tipo de representante de outra civilização cósmica que não tenha esse elo com o passado da nossa humanidade e, nesse caso, essa experiência pode ser perigosa no nível individual”, ressalta Petit. 

A jornalista Ana Elizabeth Diniz escreve neste espaço às terças-feiras. E-mail: anabethdiniz@gmail.com

Preparação para o contato

O pesquisador e ufólogo Marco Petit comenta que alguns governos das principais nações e grupos militares que investigam o fenômeno UFO têm conhecimento profundo do que vem acontecendo, e não é de hoje.

“Nos Estados Unidos existe uma força-tarefa de investigação dentro do Pentágono que é apenas a fachada para grupos de pesquisas ufológicas governamentais. No Brasil, vários militares já abordaram o fenômeno e deixaram claro que conhecem muito mais do que aquilo que é tornado público”, diz o ufólogo.   

Petit está convicto de que está em curso “a retirada do acobertamento mundial sobre o assunto, começando pelos Estados Unidos. O contato definitivo com qualquer raça extraplanetária vai evidentemente mudar completamente a visão que temos sobre nós e sobre o próprio universo. Esse ‘desacobertamento’ global faz parte de um processo de preparação para o contato definitivo de nossa raça com os seres cósmicos”, finaliza. (AED)

Hipótese. As luzes teriam como fonte satélites que se deslocam em órbita baixa. Um dos possíveis satélites que podem estar sendo avistados são o Starlinks da nova geração e que podem refletir muito mais a luz solar . 

Tecnologia atual pode favorecer contato

John Elliott é pesquisador honorário da School of Computer Science e coordenador do Seti – Instituto de Busca de Inteligência Extraterrestre, da University of St Andrews, no Reino Unido, responsável pelo protocolo de contato alienígena (1989), ou seja, como interpretar sinais do espaço sideral.

Pergunto se ele acredita que a humanidade está em contagem regressiva para um contato com seres alienígenas. “Acredito que o contato com uma inteligência extraterrestre acontecerá um dia. Devido às grandes distâncias envolvidas, o cenário mais provável de detecção remota seria, por exemplo, um aviso ou sinal luminoso. Eu não descarto outras possibilidades, mas acho que elas são muito menos prováveis e procuro provas por meio do rigor científico”, comenta Elliott. 

O pesquisador explica que o nosso universo tem aproximadamente 13,6 bilhões de anos e nosso planeta tem apenas 4,5 bilhões de anos. “O contato sempre foi uma possibilidade para a humanidade e talvez o crescente desenvolvimento da tecnologia faça a diferença agora”. (AED)

“Precisamos ser proativos, e não meramente reativos”

Tem sido especulado que a equipe do Seti está aperfeiçoando o protocolo de contato com civilizações extraterrestres. “Tais avistamentos, se comprovados, estão fora do protocolo de princípios Seti e de seu mandato para busca. Desde 1989, os protocolos acordados são norteados pelo rigor científico para pesquisar, lidar com possíveis evidências, detecções confirmadas e resposta aos sinais”, responde John Elliott. 

Esse protocolo foi revisado em 2010. “No momento estamos analisando detalhadamente o documento para que possamos ter um plano em andamento. Precisamos ser proativos, e não meramente reativos, em um evento dessa natureza. Não podemos estar mal preparados – científica, social e politicamente – para um evento que pode se tornar realidade”, avalia o pesquisador. 

Para ele, o contato, “seja no nível microbiano ou de uma inteligência extraterrestre, será de profundo impacto para a humanidade. O último caso será muito mais impactante, pois precisaremos considerar uma gama muito maior de possibilidades e implicações”, finaliza. (AED)