Na quarentena, as práticas de atividades físicas praticamente pararam por muitos adeptos de práticas ao ar livre, como corridas. Se exercitar regularmente foi deixado de lado por 62%  da população brasileira que costumava realizar a prática com frequência. Os dados foram divulgados pelo projeto “ConVid – Pesquisa de Comportamento”, que tem o objetivo de verificar como o isolamento social e consequente a pandemia do novo coronavírus afetou ou mudou a vida dos brasileiros.

 Entre as pessoas que faziam atividade física três a quatro vezes por semana, 46% deixou de fazer; e entre as que realizavam cinco dias levou mais por semana, 33% deixou de fazer se exercitar durante a pandemia.

“As pessoas passam muito tempo em frente às telas, em frente ao computador. Esses hábitos sedentários são muito deletérios, tanto para o aumento de peso e o excesso da obesidade quanto também para repercussão de doenças cardiovasculares”, explicou a professora da Escola de Enfermagem da UFMG, Deborah Carvalho Malta, uma das coordenadoras do estudo.

Por outro lado, o tabagismo têm aumentado. No total na população entrevistada, 12% são fumantes. Entre os fumantes, quase 23% aumentou cerca de 10 cigarros por dia e 5% aumentou mais de 20 cigarros por dia. Entre as mulheres, o percentual de aumento de cerca de 10 cigarros por dia (29%) foi maior que o de percentual entre os homens (17%). Já entre os indivíduos de menor escolaridade, 25% aumentou certa de 10 cigarros por dia e 10% mais de 20 cigarros por dia.

O estudo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No período de 24 de abril a 8 de maio de 2020, 44062  indivíduos participaram da pesquisa.