Eleições nos EUA

Bolsonaro completa três semanas sem parabenizar Biden por vitória

Trump denuncia desaparecimento de votos na Pensilvânia, e brasileiro aguarda decisão do colégio eleitoral

Por Folhapress e Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2020 | 16:07
 
 
Bolsonaro é um apoiador declarado de Trump Foto: Alan Santos / PR

BRASÍLIA. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) completou três semanas (21 dias) sem parabenizar o democrata Joe Biden pela vitória nas eleições norte-americanas. Biden foi projetado presidente eleito pelos meios de comunicação nos Estados Unidos em 7 de novembro, tendo derrotado o atual presidente Donald Trump.

O republicano afirma, sem provas, ter sido vítima de uma fraude eleitoral. No sábado, dia 27.11, Trump voltou à carga no Twitter, afirmando que 1,12 milhão de votos foram criados “do nada” na Pensilvânia, citando afirmações do senador republicano Doug Mastriano.

The 1,126,940 votes were created out of thin air. I won Pennsylvania by a lot, perhaps more than anyone will ever know. The Pennsylvania votes were RIGGED. All other swing states also. The world is watching! https://t.co/zmnk34Ny23

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 28, 2020

A resistência de Trump em admitir que foi derrotado abriu as portas para uma transição de poder marcada por turbulência nos EUA. Bolsonaro é admirador de Trump e disse publicamente torcer por sua reeleição.

Segundo assessores presidenciais, Bolsonaro deve esperar até o dia 14 de dezembro para enviar os cumprimentos a Biden. Isso porque o Colégio Eleitoral norte-americano se reúne nessa data para oficializar o resultado do pleito.

Ao não felicitar Biden, o brasileiro se uniu a um pequeno grupo de chefes de governo - entre eles o mexicano Andrés Manuel López Obrador e o russo Vladimir Putin – que ainda não parabenizaram o democrata.

Por outro lado, as principais economias do mundo enviaram suas congratulações a Biden pouco depois das projeções das redes americanas.

Fazem parte dessa lista o premiê britânico, Boris Johnson, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron.

Até mesmo o líder da China, Xi Jinping, telefonou nesta semana para Biden e o cumprimentou pelo êxito nas urnas. Pequim é considerada hoje a maior antagonista dos Estados Unidos na arena global.