A missão santificadora do Cristo torna-se mais acessível

Evangelização e Opus Dei

Evangelização e Opus Dei A missão santificadora do Cristo torna-se mais acessível

Por Ricardo Lebourg Chaves
Publicado em 22 de julho de 2019 | 03:00
 
 

A história do catolicismo e do cristianismo é marcada, sem dúvida alguma, pela diversidade ideológica e filosófica, bem como pela multiplicidade de culto e de crenças religiosas. Todavia, todas procuram, de certa maneira, ensinar os valores éticos, morais e espirituais revelados pelo Cristo. Nesse contexto de diversidade sociorreligiosa, o Opus Dei foi criado por são Josemaría Escrivá de Balaguer, na Espanha, em 1928, e pode ser definido, em poucas palavras, como uma Prelazia Pessoal ou uma instituição hierárquica pertencente à Igreja Católica, e que tem como principal objetivo expandir a missão evangelizadora da Igreja por meio do trabalho baseado nas revelações e nos valores ensinados por Jesus Cristo. 

Conforme alguns teólogos contemporâneos, a Prelazia Pessoal do “Opus Dei” caracteriza-se, sobretudo, pela independência, liberdade e flexibilidade circunscricionais, bem como pela internacionalização e consequente universalização de sua missão evangelizadora, pastoral e crística. 

Segundo ainda a filosofia religiosa e espiritualista do “Opus Dei”, o trabalho crístico, legal, honesto e digno santifica o homem e leva à divindade, por meio do amor, à família, às crianças e a todos os povos da humanidade. Nessa linha teológica, não podemos olvidar-nos de que o Livro de Gênesis afirma, categoricamente, que Deus trabalhou e descansou no sétimo dia (Gn 2:2,3), o que revela, de certa maneira, as características de divinização da missão evangelizadora e santificadora do Opus Dei. Além disso, essa Prelazia Pessoal consubstancia-se, igualmente, na filiação divina, pois somente após o batismo, os cristãos se tornam, de fato, filhos de Deus. 

Não podemos esquecer-nos, ainda, de que a Prelazia da Santa Cruz também baseia seu trabalho pastoral na extrema importância atribuída a valores sociais como a fraternidade, a caridade, a solidariedade, a compaixão e o amor pelo próximo. Nesse sentido, Paulo afirma: “E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria” (1Co 13:3). Ademais, o Cristo também ensinou-nos “a amar uns aos outros como ele nos amou” (Jo 13:34).

Ressalte-se, por fim, que essa prelazia inovou de forma significativa o processo de evangelização da família, da sociedade e da própria humanidade, pois flexibilizou a atividade pastoral, a qual passou a ser realizada não só pelos seus membros clérigos, mas também através dos seus integrantes e colaboradores pastorais leigos, os quais não estão necessariamente ligados a circunscrições ou jurisdições rígidas. 

Por conseguinte, o Opus Dei realmente transformou a missão santificadora do Cristo, tornando-a, assim, mais acessível a todos os filhos de Deus, desde que esses estejam dispostos a trabalhar vivenciando e praticando os valores espirituais, éticos e morais que constam das Escrituras Sagradas.