Alguns teólogos e líderes religiosos têm criado, no decorrer da história do cristianismo, algumas ideias doutrinárias e impondo-as à humanidade como se fossem verdades que devem ser seguidas por todos nós sob a pena de ficarmos separados de Deus, quando na verdade Deus nunca se separa de nós, já que seu amor e sua misericórdia para conosco são infinitos, não podendo, pois, cessar jamais.

Os pecados nossos são contra a lei de Deus, o Decálogo, mas quem sofre com os pecados não é Deus, e sim o nosso semelhante que é amado por Deus como Ele ama, com amor infinito, sem uma só exceção sequer, a todos nós seus filhos. Como poderiam, pois, os nossos pecados que não ofendem a Deus separar-nos Dele? “Se pecas, que mal lhe causas tu?” (Jó 35: 6).

E o excelso Mestre, o enviado de Deus para ensinar-nos as verdades libertadoras para a nossa evolução em busca da perfeição, diz-nos que nos céus há mais alegria quando um pecador converte-se do que aquela que lá já existe. E essa alegria sempre constante lá é entre Deus, Jesus, os anjos e os espíritos humanos que já chegaram à sua regeneração, ou seja, aqueles que já conseguiram passar pela chamada porta estreita da libertação ou salvação. E esses espíritos humanos, que já tornaram-se vencedores, Jesus até os fará colunas do reino dos céus (Apocalipse 3: 12) são exemplos do que acontecerá com todos nós num determinado momento das eternidades futuras.

A alegria no reino dos céus torna-se maior, ainda, quando um de nós pertencentes, ainda, à fase das reencarnações neste nosso mundo terráqueo converte-se, ou seja, aquele que já conseguiu fazer uma mudança radical na sua vida no sentido de, realmente, amar a Deus sobre todas as coisas e ao seu próximo como ama a si mesmo. E esse é também o nosso destino, pois o nosso Deus Pai e nosso Criador não quer que nenhum de nós perca-se. “E a vontade de quem me enviou é esta: Que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (João 6: 39). Esse último dia é o último da última reencarnação do indivíduo aqui no planeta Terra, quando ele, já vitorioso e liberto, será ressuscitado ou levado em espírito para outro mundo de nível de evolução superior ao terrestre. “Na casa de meu Pai há muitas moradas” (João 14: 2). A casa do Pai é todo o universo.

E o enviado de Deus ensinou-nos, também, que nos céus há mais alegria quando acontece uma conversão de um infiel aqui na Terra do que a alegria constante já existente lá. Repetimos aqui, para melhor clareza, que a alegria nos céus é entre Deus, Jesus, espíritos já angélicos e os espíritos que já chegaram à sua regeneração e à sua consequente libertação (salvação), isto é, os que já conseguiram passar pela difícil porta estreita.

A base da mensagem evangélica é a vivência do amor incondicional até para com os nossos inimigos, o que Jesus fez questão de afirmar que seus discípulos seriam conhecidos por se amarem uns aos outros (João 13: 35).

Ora, se Jesus deixou-nos bem claro que o fundamento da mensagem de Deus Pai é o amor incondicional entre todos os seres humanos e destes para com Deus sobre todas as coisas, e se a vontade de Deus é que nenhum de seus filhos perca-se, como aceitar que o amor infinito de Deus para conosco termine e separe-nos Dele por causa do pecado, que nem o atinge e quando Ele próprio nos deu poder de pecar, ao criar-nos com livre-arbítrio?

PS: Na TV Mundo Maior, “Presença Espírita na Bíblia”, com este colunista.