Jose Reis Chaves

José Reis Chaves é teósofo e biblista e escreve às segundas-feiras

Não só o cristianismo nasceu de fenômenos mediúnicos

Publicado em: Seg, 18/07/16 - 04h00

Os fenômenos com espíritos só ocorrem por meio de médiuns. Todos nós temos um pouco de mediunidade. Mas, para que haja esses fenômenos, tem que haver um médium especial por perto. E esses médiuns especiais são uma minoria. Daí se ouvir muito a afirmação “eu não acredito em assombrações ou fatos que envolvem espíritos, porque nunca vi nada nesse sentido”. Ademais, os líderes religiosos cristãos sempre esconderam de seus fiéis a verdade da comunicação bíblica com os espíritos, dizendo que isso é impossível e até que é pecado. E, com isso, ajudaram a engrossar a fileira dos cépticos e de sua filosofia materialista.

E atentemos para o fato de que as pessoas que fazem pesquisas e estudos nessa área são também poucas. E, às vezes, até fazem isso às escondidas, com medo, pois os líderes religiosos ensinavam também que essa prática, além de pecado, era perigosa. Na verdade, os líderes religiosos não queriam que as pessoas estudassem esses fenômenos espíritas, porque elas acabavam virando espíritas. A consequência de tudo isso é que apenas uma insignificante porcentagem dos estudiosos desse assunto e os médiuns dão crédito a esses fenômenos de manifestações dos espíritos. E assim acontecia o que já dissemos, a grande maioria falava e fala frequentemente: “eu não acredito nessas coisas, porque nunca vi nada envolvendo espíritos ou fantasmas”!

Mas, hoje, a coisa é diferente. É o que disse o Mestre dos mestres: Nada ficará oculto (Mateus 10: 26), ou seja, com a evolução, a verdade, um dia, chegará para todos. A Igreja já não ataca mais o espiritismo, pois os padres sabem das coisas, já que estudam muito. E as pessoas de hoje são mais esclarecidas. Daí que a grande maioria dos católicos de cidades grandes e de porte médio frequenta casas espíritas, e são mais numerosas nelas do que os próprios espíritas, não faltando nelas também a presença de um crescente número de protestantes e evangélicos. E um detalhe, essas pessoas são geralmente as de melhor nível de instrução, de acordo com pesquisas da Fundação Getulio Vargas, ou seja, desembargadores, juízes, promotores de Justiça, médicos, advogados, engenheiros, jornalistas, psicólogos, antropólogos, professores universitários, membros do alto escalão político e da alta hierarquia militar. E, discretamente, até bispos, padres e pastores frequentam as casas espíritas.

O cristianismo teve início com a comunicação do Espírito desencarnado de Jesus, que, ressurgindo do mundo dos mortos, apareceu, primeiramente, a Maria Madalena.

São Paulo, o primeiro autor do Novo Testamento, converteu-se ao cristianismo na estrada de Damasco, quando Jesus, depois de sua morte, lhe apareceu em forma de uma luz tão brilhante que o deixou cego e desmaiado. Depois, Paulo foi curado por Ananias em Damasco, pois Jesus apareceu também a Ananias, dando-lhe instruções para curar Paulo.

E não só o cristianismo surgiu com fenômenos mediúnicos ou que envolvem espíritos: Maomé, fundador do islamismo, não sabia ler nem escrever. Mas pela sua mediunidade psicofônica, o anjo Gabriel ditou o Alcorão escrito por seus auxiliares.

E anjo é espírito humano de alto nível de evolução. Aliás, o próprio nome do anjo Gabriel, em hebraico, quer dizer “homem iluminado”, o que nos demonstra também que ele, já naquela época, era mesmo um espírito muito evoluído!

PS: 2º Congresso Espírita Internacional de Madri, na Espanha, de 16 a 18 de setembro de 2016. Contato: progresoespiritismo@gmail.com.

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