José Reis Chaves

Um problema social e de falta de caridade

Transporte de cadeirantes para escolas municipais

Por Da Redação
Publicado em 07 de outubro de 2019 | 03:03
 
 

Está acontecendo um problema muito sério em BH, do qual tive conhecimento por pessoas que são as vítimas que estão sofrendo diretamente com ele.

Faço, pois, esta matéria em solidariedade a elas e, ao mesmo tempo, também, como um desabafo meu contra o que ocorre com elas. E essas pessoas que me procuraram para expor a mim esse grave problema social, confiam em que eu possa fazer alguma coisa a fim de ajudá-las na solução do problema, e esperam ansiosas pela publicação deste texto em O TEMPO, como sendo um fator de peso perante o grande público mineiro e os responsáveis pela solução dele, como veremos.

As escolas da Prefeitura de Belo Horizonte têm um grupo de alunos com vários tipos de deficiências físicas. São cadeirantes, e alguns têm aquela doença dos ossos que expõe suas vítimas a constantes riscos de quedas e consequentes fraturas. A Prefeitura de BH contratou uma frota de ônibus para transportá-las de suas casas para as suas respectivas escolas e destas para as suas casas, quando terminam as aulas. Uma parte desses alunos é carregada de dentro de suas casas pelo auxiliar do motorista até o interior dos ônibus e colocadas nos locais apropriados para eles.

Até 19 de maio de 2019, tudo transcorreu normalmente. A partir daí, a Secretaria Municipal de Educação determinou a suspensão desse transporte. O que se sabe é que a medida foi tomada para conter gastos. Mas isso deixou os alunos com deficiência entregues à própria sorte. E como a maioria deles é pobre, com grandes dificuldades, raramente eles estão indo às escolas, e de táxi, o que tem sido mesmo um humilhante desconforto para eles. E a pessoa que vai com eles até a escola, tem que voltar no fim das aulas para apanhá-los.

Também os proprietários dos ônibus contratados para o transporte desses alunos gastaram bastante para adaptar os seus ônibus ao transporte deles. E, agora, se se confirmar mesmo o fim dos contratos, os proprietários dos ônibus vão ter que arcar com novas despesas, a fim de colocarem os ônibus na condição normal de transporte de passageiros. E uns compraram os ônibus, financiados, contando com o dinheiro do pagamento mensal da prefeitura para saldarem seus compromissos assumidos. Como se vê, com a aludida decisão da Secretaria de Educação de Belo Horizonte, criou-se esse grave problema social.

Até quando isso vai continuar assim? Será que o prefeito Kalil, que é um competente e honrado administrador público e de bom coração, sabe os detalhes de tamanha gravidade desse problema social que está acontecendo com os alunos com deficiência e suas famílias das escolas municipais de BH, problema esse que é ate mesmo de falta de caridade?

Lançamento do filme espírita “Paulo de Tarso e o Cristianismo Primitivo”, direção do conhecido cineasta André Marouço, em 3, 4, 5 e 6.10.2019. Vamos apoiar. Havendo muitos espectadores na estreia, os cinemas manterão o filme em cartaz.