O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), vai ter mais uma grande baixa no governo nos próximos dias. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Manoel Vitor de Mendonça Filho, deve deixar o cargo a pedido. O iminente desligamento pegou Zema de surpresa, porque, para o governador, o trabalho de Manoel Vitor é um dos melhores até o momento no Estado.
De acordo com informações de bastidores de interlocutores do governo, a saída do secretário está ligada não ao trabalho desenvolvido, mas sim a razões pessoais. Um dos motivos estaria relacionado à vontade de Manoel Vitor em retornar trabalhos na iniciativa privada e não mais na área pública. Nos corredores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), parlamentares também já dão como certa a saída dele.
Na Cidade Administrativa, fala-se que o secretário sairá de cabeça erguida. Isso porque, em nove meses de governo, Manoel Vitor conseguiu excelentes resultados econômicos.
Para se ter uma ideia, no acumulado até julho deste ano, entre contratações e demissões, Minas Gerais teve variação positiva de quase 100 mil vagas, segundo dados da Secretaria do Trabalho, do Ministério da Economia. Zema, inclusive, em seus últimos discursos, exaltou os números conseguidos pelo secretário. Manoel Vitor foi vice-presidente da Gerdau Açominas e foi convidado por Zema para assumir o cargo no primeiro escalão por conseguir manter uma boa gestão.
O anúncio da saída de Manoel Vitor ainda não ocorreu porque Zema busca outro nome de peso para o cargo. Como o governador não esperava o desligamento, ainda não se sabe quem assumirá a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. Por telefone, por enquanto, Manoel Vitor nega que deixará o governo. “Falam isso (que vou sair) todos os dias. É fake news”, diz.
Desde o começo do governo, Zema teve duas baixas. A mais complicada foi a segunda, quando ele decidiu demitir Custódio Mattos (PSDB), da Secretaria de Governo.
Deputados aliados do PSDB foram pegos de surpresa com a demissão, o que causou estremecimento na relação de Zema com os tucanos. Na sequência, para o lugar de Mattos, o governador escolheu Bilac Pinto (DEM), que estava exercendo o mandato de deputado federal.
A primeira baixa no governo do Estado foi na Secretaria de Saúde. O médico Wagner Eduardo Ferreira deixou o cargo por motivos pessoais. Ele saiu em fevereiro, pouco mais de um mês após o começo do governo. Para seu lugar, o governador escolheu o médico Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva.
Outras quedas ocorreram, mas em cargos de segundo escalão do governo, como, por exemplo, na área de comunicação .