O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, afirmou que “tudo está sendo feito” para encontrar o indigenista Bruno Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o Jornalista Dom Philips, do jornal The Guardian. Ele afirmou que “não há dúvida” sobre o esforço da pasta para ajudar nas buscas no Amazonas.
Nogueira contou que assim que foi informado sobre o caso enviou mensagem em um grupo que mantém com comandantes de Forças Armadas determinando que militares fossem colocados à disposição.
“A gente lamenta o incidente acontecido, não temos maiores detalhes, mas tão logo a notícia surgiu, imediatamente, eu tomei ciência, passei uma mensagem nos grupos de comandantes de Força, do que tinha acontecido e digo: imediatamente, o que tiverem por perto, já coloquem à disposição”, disse.
O ministro disse ter em torno de 150 militares entre “guerreiros de selva” e militares especializados em entrar na mata de floresta e em rios. “Tudo está sendo feito em coordenação com a Polícia Federal, com as agências governamentais da área do meio ambiente que estão lá”, apontou.
Apesar do esforço, ele frisou que a área em que os dois desapareceram é crítica e afirmou que “torce e reza” para que eles não estejam mortos.
“Eu conheço bem aquela área de Atalaia do Norte (AM), no Vale do Javari, é uma área crítica, muito sensível. Tem muito problema na área e a gente não tem noção do que pode ter acontecido. A gente torce e reza para que os dois sejam encontrados com vidas, sãos e salvos”, afirmou.
A declaração foi concedida nesta quarta-feira (8) em audiência nas Comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Seguridade Social da Câmara dos Deputados.
Na manhã desta quarta, um homem foi preso por ser suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do Jornalista Dom Philips. Segundo informou a jornalista Miriam Leitão no jornal "O Globo" e no Bom Dia Brasil, da Rede Globo, a Polícia Militar, no Amazonas, fez a presião. A jornalista também publicou uma foto do suspeito, que é conhecido como Amauri e tem um histórico de ameaças a indígenas.
Segundo a reportagem, havia uma pressão para que fosse solto, por não haver prova de envolvimento no crime, mas ele foi preso em flagrante pelas sucessivas ameaças que já fez a indígenas da região.
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