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'Dilma queria muitos na lista, desde que tivesse Aécio', afirma Renan

Comentário veiculado pelo site Uol, neste sábado, se refere ao levantamento de parlamentares investigados na Operação Lava Jato da Polícia Federal divulgado nessa sexta (6)

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 07 de março de 2015 | 19:09
 
 
'Dilma queria muitos na lista, desde que tivesse Aécio', afirma Renan PMDB Nacional / Divulgação

O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse em conversas informais com amigos na madrugada deste sábado (7), que “para Dilma, quanto mais gente tiver [na lista], melhor, desde que tenha o Aécio”. O comentário veiculado pelo site UOL, neste sábado, se refere ao levantamento, divulgado nessa sexta (6), sobre parlamentares investigados na Operação Lava Jato da Polícia Federal.

O senador eleito pelo Estado do Alagoas ainda afirmou, de acordo com o site, que a presidente ficou irritada ao saber que o parlamentar mineiro não estava na lista e resolveu redirecionar o foco.

“Dilma só soube que o Aécio estava fora na noite da terça-feira, quando o Janot entregou os nomes para o Supremo. Ficou p… da vida. Aí a lógica foi clara: vazar que estavam na lista Renan e Eduardo Cunha. Por quê? Porque querem sempre jogar o problema para o outro lado da rua. Foi algo dirigido. O ‘Jornal Nacional’ dizendo, veja só, que ‘o Planalto confirma que Renan e Eduardo Cunha estavam na lista’. Veja se tem cabimento? Havia ali uma dezena de nomes, mas o Planalto deliberadamente direcionou a cobertura da mídia para dois nomes. Dois nomes que retiravam o governo momentaneamente dos holofotes”, comentou Renan.

Na próxima terça-feira (10), irá tramitar no Senado a emenda constitucional que obriga ocupantes de cargos executivos (prefeitos, governadores e presidente) a deixar suas funções para concorrer as eleições. No dia seguinte, na quarta (11), os senadores irão votar, ou derrubar, o veto de Dilma Rousseff à correção da tabela do Imposto de Renda.

O alagoano aparenta estar calmo. “Você acha que eu não sei o que é pressão? Naquela última vez havia reportagens diárias de mais de dez minutos sobre mim, no ‘Jornal Nacional’. Eu aguentei tudo sozinho. Estou aqui. Eu sei o que é pressão”.

Senador se refere as acusações de 2007, quando foi acusado de utilizar o dinheiro de uma empreiteira para pagar pensão a uma filha, mas acabou absolvido pelo plenário.