O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), comentou que o Executivo está “absolutamente tranquilo” sobre as discussões relacionadas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lagoa da Pampulha, cujo relatório final, apresentado nesta terça-feira (11), foi rejeitado na Câmara Municipal (CMBH).  

Declaração ocorreu em conversa com jornalistas durante agenda pela manhã, quando o prefeito visitou obras em um viaduto na região Norte da cidade, entre as avenidas Waldomiro Lobo e Cristiano Machado. 

"Pelo que vi pela televisão, nem sabia, o relatório não foi aprovado. Não tem indiciamento de ninguém, vamos ver o relatório de amanhã (quarta-feira, 12). Se não aprovaram esse, o relatório tem que ser diferente. Aí, é esperar para ver o que a Câmara vai decidir e vamos tomar as decisões”, ponderou.  

Questionado novamente, Fuad acrescentou que a prefeitura “não intervém nas decisões da Câmara”. “Não faz parte do meu perfil dar palpite em outro Poder. Vamos ver o novo relatório, ver o que vai dizer, mas estamos absolutamente tranquilos”, completou. 

Relatório não foi aprovado

Os vereadores da CPI da Lagoa da Pampulha votaram contra o parecer do vereador Bráulio Lara (Novo), que sugeriu 12 pedidos de indiciamentos, dentre eles o do secretário municipal de Governo, Josué Valadão, do diretor de Gestão de Aguas Urbanas da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smobi), Ricardo Aroeira, do consórcio Pampulha Viva, e das prefeituras de Belo Horizonte de Contagem. 

Por quatro votos contrários e três a favor dos indiciamentos, a vereadora Flávia Borja (PP) foi a escolhida para a apresentar um novo relatório para ser votado pelos vereadores nesta quarta-feira (12/7). A parlamentar votou contra o relatório apresentado por Bráulio Lara. O voto decisivo foi o do vereador Irlan Melo (Patriota), que votou primeiramente pela abstenção e após o empate na primeira votação decidiu se manifestar contrário aos apontamentos feitos por Bráulio Lara.