O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que inicia seu governo a partir de 1º de janeiro, defendeu nesta quarta-feira (16) mudanças no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o petista, é necessário incluir mais países entre os membros e acabar com o poder de veto.
"Não é possível que a ONU seja dirigida sob a mesma lógica da geopolítica da Segunda Guerra Mundial. O mundo mudou, os países mudaram, os países querem participar mais, os continentes querem estar representados. Não há nenhuma explicação para que só os vencedores da Segunda Guerra Mundial sejam os que mandam e dirigem o Conselho de Segurança", disse em discurso em área da ONU na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP27), que acontece no Egito.
O Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 países-membros. Desses, cinco ocupam vagas permanentes: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China. Com exceção da China, todos os outros venceram a Segunda Guerra, que precedeu a criação da ONU em 1945. Os integrantes permanentes têm exclusivamente poder de veto e podem barrar a adoção de qualquer projeto pela Resolução do Conselho, independentemente do apoio internacional.
O Brasil assumiu uma vaga como integrante temporário em janeiro deste ano e se juntou ao outro grupo membro, composto por Albânia, Gabão, Gana, Emirados Árabes Unidos, Índia, Irlanda, Quênia, México e Noruega. A composição temporária sofre rodízio a cada dois anos.
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