BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não há violações de direitos humanos no Brasil, após a divulgação de trechos de um relatório do governo dos Estados Unidos que acusa o país de cercear liberdades políticas.
Durante a assinatura da Medida Provisória (MP) de socorro aos setores afetados pelo tarifaço sobre as exportações brasileiras, nesta quarta-feira (13/8), Lula criticou os americanos.
"Ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos como estão tentando apresentar ao mundo. Os nossos amigos americanos, toda vez que resolvem brigar com alguém, tentam criar uma imagem de demônio contra as pessoas que eles querem brigar. O Brasil não tinha qualquer razão para ser taxado. Nós respeitamos os direitos humanos", disse o petista.
De acordo com Lula, criticar as condições de direitos humanos no Brasil “já foi importante em outras épocas”, mas agora, “é preciso olhar para o país que está acusando” antes de falar sobre as instituições brasileiras. Sem citar nomes, ele ainda fez menção ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados que são investigados por tentativa de golpe de Estado.
"Essa mesma gente que está sendo julgada, que tentou dar um golpe, que colocou caminhão bomba perto do aeroporto, que ocupou a frente dos quartéis não está sendo julgada pela oposição. Estão sendo julgados com base nas delações de pessoas que participaram da tentativa de golpe".
O presidente ainda afirma que o processo contra Bolsonaro e seus aliados, com direito à defesa, “é a democracia elevada à sua 5ª potência, coisa que eu não tive quando fui julgado. E eu não reclamei”, complementou.
Entre as medidas anunciadas pelo governo Lula nesta quarta-feira, estão o aumento do acesso a linhas de crédito e de condições para seguro, devolução de impostos e ampliação de compras governamentais aos setores afetados pelas tarifas.