O ministro da Saúde Marcelo Queiroga relativizou quando questionado, nesta sexta-feira (8), sobre a marca de 600 mil mortes por covid-19 alcançada pelo país. Segundo dados do Ministério da Saúde, o país chegou a 600.425 óbitos pela doença desde o início da pandemia.

Queiroga comparou a marca a outras taxas de mortes registradas por diferentes enfermidades no Brasil.

“Só em doenças do coração são mais de 380 mil todos os anos. Se contar o mesmo período, também teríamos cifras alarmantes. Câncer também tem elevada incidência de óbitos. E a covid-19 foi uma elevada emergência internacional que levou a óbitos em todos os locais do mundo. O nosso sistema de saúde tem dado crescentemente respostas positivas, ao longo do tempo o sistema foi se preparando para dar uma assistência melhor”, disse o ministro.

Marcelo Queiroga ainda criticou o cenário da saúde no país em anos anteriores e disse que com o tempo, os médicos foram aprendendo a tratar o coronavírus.

“De 2008 a 2018, foram fechados 40 mil leitos no Brasil. Infelizmente, apesar de o SUS ser essa força extraordinária, havia uma série de vicissitudes e nós fomos aprendendo com o tempo. Os próprios médicos foram aprendendo com o tempo a melhor maneira de tratar. O conhecimento foi avançando e hoje conseguimos ter resultados melhores”.

‘Fim da pandemia’

Em coletiva no Ministério da Saúde, após anunciar o plano de vacinação contra a covid-19 para o ano de 2022, Marcelo Queiroga adotou um tom otimista ao dizer que o país “vive uma situação sanitária bem mais controlada” no momento. E previu o fim da pandemia no ano que vem:

“O cenário é muito positivo e me permite, como ministro da Saúde, assegurar que os brasileiros terão uma campanha [de vacinação] muito eficiente em 2022, ano esse que com a ajuda de todos nós será o ano do fim da pandemia da covid-19”.

Para definir um eventual fim da situação de emergência em saúde pública no Brasil, a secretária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, listou como critérios a taxa de incidência, taxa de internação hospitalar e a situação fora do território brasileiro. Mas pediu “prudência” e disse que mesmo após esse período, cuidados devem ser tomados.

“Finalizando a emergência, provavelmente vai finalizar também a pandemia, mas o vírus vai acabar? Não, provavelmente vai pular de um determinado status para outro.”