Minas

Igor Eto admite que pode se tornar secretário de Governo

Segundo o atual secretário geral do Estado, a confirmação do novo nome, seja ele ou outra pessoa, não deve demorar a acontecer

Qui, 12/03/20 - 10h11
Igor Eto, Romeu Zema e Paulo Brant em reunião no governo | Foto: Gil Leonardi/ImprensaMG

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O secretário geral de Estado, Igor Mascarenhas Eto, admitiu a reportagem de O TEMPO que pode ser o novo secretário de Governo de Minas Gerais. O cargo está vago desde o final da tarde de quarta-feira, 11, quando o deputado federal Bilac Pinto (DEM-MG) deixou a secretaria após o governador Romeu Zema (Novo) sancionar parcialmente o projeto de lei que recompõe os salários das forças de segurança.

"Isso coloca o governador na posição de escolher um novo secretário. É claro que as opções estão na mesa e essa opção (do próprio Igor assumir a secretaria de Governo) , de fato, está na mesa.  Mas ainda não há confirmação. Contudo, eu acho que a confirmação do novo nome não vai demorar a acontecer, seja eu ou seja quem o governador decidir", disse o secretário Igor Eto.

"Hoje estou na Secretaria Geral de Estado, muito satisfeito com o meu cargo e em poder ajudar o governador e o governo, de um modo geral. A missão que ele (Romeu Zema) quiser me dar é a missão que eu vou tentar desempenhar com maior orgulho, afinco e dedicação possível", completou Eto.

Reação das forças de segurança

A avaliação de Igor Eto é de que a decisão do governador Romeu Zema (Novo) de sancionar apenas a recomposição de 13% em 2020 e vetar o reajuste em 2021 e 2022 foi compreendida pelas forças de segurança.

"Eu fico satisfeito porque eu vi o Comando das forças compreendendo o esforço do governador no que era possível ser feito agora, eu vi o coronel Mendonça também compreendendo o esforço do governador de que fez o que era possível ser feito agora", disse.

Segundo o secretário geral, mesmo quem reagiu de forma mais dura, como o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB) que classificou a decisão de Zema como “irresponsável” dizendo que ela demonstra uma “falta de compromisso", compreendeu a situação.

"Vamos sentar, eu não tive oportunidade de conversar nem com o Sargento Rodrigues (PTB), nem com o deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT) ainda. Nós vamos sentar, vamos conversar, vamos entender como é que vamos caminhar daqui para frente, mas com uma única certeza: queremos chegar ao mesmo lugar. Essa atitude do governo ontem é um forte sinal de boa vontade. É um gesto de que ele quer dialogar, quer ajudar no limite da situação fiscal do Estado", afirmou o secretário.

Os representantes das forças de segurança estão reunidos na manhã desta quinta-feira, 12, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O objetivo é conversar sobre os próximos passos da categoria.

Articulação com a Assembleia Legislativa

O atual secretário geral contemporizou a relação do governo com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Na quarta-feira, 11, o líder do bloco governista, Gustavo Valadares (PSDB), publicou uma nota dizendo que os deputados irão se reunir no início da próxima semana para decidir o rumo do bloco.

Em uma rede social, Valadares afirmou que o dia 11 de março seria "o início do fim". "11 de Março de 2020! Guardem esse dia! O início do fim... as oportunidades apareceram e ele não soube aproveitar. Ao invés de escancarar a porta a possíveis novos aliados ele está acabando de fechar a pequena fresta...será bem difícil ficar", disparou o parlamentar, sem dar mais detalhes.

"Política é arte do diálogo, mas política também é muito dinâmica e ela não fica parada. Eu acho improvável que a gente fique de hoje até o final de 2022 sem capacidade dialogar com a Assembleia e com todos os outros atores políticos do Estado", disse Igor Eto.

"O governador Romeu Zema tem um desejo irrefutável de melhorar o Estado de Minas Gerais. E ele sabe que o diálogo com a Assembleia, outros atores políticos e outros projetos políticos é fundamental. Ele vai trabalhar em cima disso", completou.

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