O Partido da Causa Operária (PCO) foi incluído no inquérito das fake news e agora será investigado no Supremo Tribunal Federal (STF). A determinação é do ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação que mira ataques contra integrantes da Corte.
A decisão acontece após escalada de manifestações ofensivas nas redes sociais do partido, que já defendeu a dissolução do STF em diversas oportunidades. Na publicação mais recente, desta quarta-feira (1º), Alexandre de Moraes foi chamado de ‘skinhead de toga’.
Agora, considerando a “gravidade das publicações”, Moraes manda bloquear os perfis do partido nas redes sociais Facebook, Instagram, Telegram, Twitter, Youtube e TikTok. O histórico de conversas e o conteúdo das contas deve ser preservado.
O ministro também manda o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, depor à Polícia Federal sobre as publicações. Para Moraes, as postagens “atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal e de seus Ministros, bem como do Tribunal Superior Eleitoral, atribuindo e/ou insinuando a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte”.
“O que se verifica é a existência de fortes indícios de que a infraestrutura partidária do PCO, partido político que recebe dinheiro público, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas, por meio dos perfis oficiais do próprio partido, divulgados em seu site na internet”, afirmou o relator.
O caso também foi enviado ao corregedor-geral eleitoral, ministro Mauro Campbell, que poderá adotar providências no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.