A polêmica viagem de um dia do procurador geral de Belo Horizonte, Tomáz de Aquino Resende, à Brasília e que foi alvo de críticas e questionamentos por conta do valor de R$ 63 mil, se deu, segundo o próprio jurista, por conta de uma indisposição de saúde de última hora do prefeito Alexandre Kalil (PHS).
Em contato com a reportagem de O TEMPO, Tomáz de Aquino Resende afirmou não ter qualquer conhecimento nem ter o que responder sobre o valor de R$ 63 mil custeados pela prefeitura.
"Não tenho o que falar do valor, nem eu nem a procuradoria somos responsáveis por isso. Quem manuseia esse tipo de despesa é o gabinete do prefeito", contou o procurador geral do município.
Ainda segundo Resende, o próprio prefeito Alexandre Kalil iria se reunir com Barroso e em outros compromissos em Brasília, mas uma indisposição, quando já estava no saguão do aeroporto, o impediu de comparecer. Às pressas, então, o Executivo belo-horizontino enviou o procurador-geral através de um voo fretado.
"Foi uma pauta com o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, e com outros procuradores municipais", disse Resende.
Viagem criticada
A viagem havia sido questionada pelos vereadores Gabriel Azevedo (PHS) e Mateus Simões (NOVO). Após ler a explicação do procurador geral, Simões disse que a fala de Resende não o exime da questão.
"Fico impressionado em ver que a justificativa do procurador seja de que ele não tem nada a explicar. Como se um servidor público pudesse se sentir confortável de entrar num avião fretado para carrega-lo sozinho a Brasilia, onde tem outros 11 voos comerciais diretos que poderiam atende-lo tranquilamente", disse.
Na quinta-feira (7), vereador do NOVO chegou a notificar o diretor de finanças da procuradoria para ter informações sobre o fretamento do voo.