“Esperamos devolver o Independência de maneira definitiva para o América.” A frase é do secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato. Na manhã deste sábado (12), o governo de Minas anunciou a rescisão do contrato de gestão do estádio com a Luarenas, concessionária que administrou a arena desde 2012 e que, de acordo com a nota do executivo publicada no portal Agência Minas, deve ao Estado R$ 36 milhões.
Segundo Marcato, na próxima sexta-feira (18) América e governo terão uma reunião mediada pelo Ministério Público. “Estamos em conversas bastante adiantadas com o América. A gente espera concluir essa negociação”, ressaltou.
O secretário da gestão de Romeu Zema (Novo) afirmou também que o Estado “não vai colocar mais recursos em equipamentos privados”, já que o estádio pertence ao Coelho. “Nossa intenção é, de maneira amigável, juntamente com o América, fazer a devolução do estádio para que eles possam continuar tocando as atividades do clube”, acrescentou.
Marcato ressaltou que a administração de estádios de futebol em Minas Gerais deve ser feita pela iniciativa privada ou pelos clubes: “O Estado tem que estar afastado desse tipo de atividade, essa é uma política equivocada que não deveria estar com o Estado, mas com a iniciativa privada. É assim no mundo inteiro. O Estado precisa dedicar recursos para saúde, educação, segurança e infraestrutura pública”.
Crise com a Luarenas
Sobre a dívida da concessionária, Fernando Marcato esclareceu que o governo de Minas tentou negociar os valores com a empresa, mas a falta de um acordo levou o executivo a decretar o fim do contrato. O secretário de Infraestrutura e Mobilidade frisou que o Estado continuará cobrando o valor da dívida, que chega a R$ 36 milhões. Segundo o governo, a Luarenas está inadimplente desde 2015.