A Justiça negou a absolvição sumária da fotógrafa Fabiana Coelho, de 41 anos, ex-amante do goleiro Everson, do Atlético, denunciada pelo crime de extorsão contra o jogador. A defesa da mulher, em entrevista nesta quarta-feira (15 de novembro), afirmou que vê como “protocolar” a decisão e afirma possuir provas “robustas” sobre a inocência dela.

A absolvição sumária ocorre quando o juiz decide, antecipadamente, encerrar o processo por concluir que não há elementos suficientes para levar o caso a julgamento. Segundo o advogado que representa Fabiana no processo, André Vartuli, “a defesa não esperava nenhuma resposta diferente” com relação a essa etapa do processo.

O processo corre na 2ª Vara Cível da Comarca de Lagoa Santa. Com a decisão da Justiça, deve ocorrer a primeira audiência entre as partes. Vartuli acrescenta possuir “provas robustas e suficientes para desqualificar as imputações [de extorsão] feitas pelo Ministério Público".

Relembre

A Polícia Civil concluiu o inquérito com indiciamento de Fabiana. Durante a investigação, a instituição afirmou haver um print que mostra a fotógrafa exigindo dinheiro de Everson para que não tornasse público o relacionamento extraconjugal do atleta com ela.

suposto valor de R$ 500 mil, que teria sido pedido por Fabiana, não foi confirmado pela polícia. Um dia antes de essa informação ser divulgada pela polícia, a suspeita havia negado, em entrevista coletiva, que extorquiu o goleiro. “Nunca ameacei o Everson, nunca pedi dinheiro para o Everson e nunca postei nada do Everson”, rechaçou a fotógrafa.

À época do indiciamento, a delegada Fabíola Oliveira à época explicou que “o crime de perseguição tem pena de reclusão de seis meses a dois anos e multa, e o de extorsão, de quatro a dez anos e multa”.

O indiciamento foi recebido com “surpresa e consternação” pela defesa de Fabiana. O advogado afirmou que não havia “evidências robustas” contra sua cliente e disse ter observado “certa inclinação da investigação em favor do jogador de futebol”.

Ele disse, ainda, que, desde que o caso veio à tona, Fabiana foi “injustamente julgada por sua aparência, sendo alvo de ridicularização e descrédito”, o que “reflete uma sociedade machista e preconceituosa”.