Um grupo de torcedores do Cruzeiro protestou, na noite dessa quinta-feira (10), na porta do prédio do presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, no bairro Luxemburgo, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Foram usados fogos de artíficio durante o ato.
"Por volta de 23h, um foguetório muito intenso assustou os vizinhos. A maioria das pessoas já estava dormindo, foram quase 5 minutos de fogos. Cerca de uma hora depois, passou um carro soltando fogos também", disse um vizinho de 58 anos, que pediu para não ser identificado.
De acordo com ele, no primeiro momento, os manifestantes deixaram a caixa de fogos na porta do prédio e acionaram o material. Em seguida, voltaram em um veículo. Não foi possível saber o número de pessoas.
Veja vídeo
Muros pichados
Segundo a vizinhança, o muro do Tribunal de Contas e do prédio do presidente foram pichados com ofensas ao dirigente ainda durante o dia de ontem. Já no período noturno, os xingamentos, que não tiveram o conteúdo divulgados, foram apagados com uma massa branca.
"Isso acaba prejudicando famílias, crianças e cachorros que não tem envolvimento nenhum. Tenho um amigo lá no bairro Gutierrez e de lá ele escutou o barulho. Ao que tudo indica, essas protestos vão ser constantes. Há uma pressão para a renúncia do Sérgio, alguns áudios vazados dele dizendo que não está nem aí para a torcida inflama mais essa situação. É inadmissível isso tudo, clube e futebol são para alegria. Não para confrontos", finalizou o morador.
Relatos de bombas
A vizinha de um outro prédio ouvida pela reportagem de O TEMPO afirmou ter escutado, além do foguetório, barulho de bombas.
"Não foi só foguetório, teve barulho parecendo de bombas também. Eram barulhos fortes, fiquei ansiosa depois disso tudo, tive dores de cabeça", afirmou, sob anonimato.
Segundo ela, foi a primeira vez que aconteceu um protesto na rua. Além disso, os moradores temem novos atos na via. "Essa rua sempre foi muito tranquila, assusta todo mundo. No grupo do condomínio falaram que podem acontecer novos protestos hoje à noite", lamentou.
A reportage tentou contato no prédio do presidente, mas foi informada pelo porteiro que não havia ninguém no imóvel de Sérgio. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, não houve registro de boletim de ocorrência na rua.