Israel bombardeou pela segunda vez em nove dias um complexo nuclear em Isfahan, informou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Não há registro de aumento nos níveis de radiação fora do local.
Ao todo, seis edifícios foram atingidos: uma instalação de produção de metal de urânio natural e empobrecido, ainda não operante; uma fábrica de varetas de combustível; um prédio de produção de pastilhas de urânio pouco enriquecido; dois laboratórios com armazenamento de material nuclear; uma oficina de manuseio de equipamentos contaminados; e um edifício administrativo sem material nuclear.
O mesmo complexo já havia sido atacado em 13 de junho, quando quatro estruturas foram danificadas: o laboratório químico central, uma unidade de conversão de urânio, uma planta de fabricação de combustível para reatores e uma instalação de processamento de metal de urânio enriquecido em construção.
Campanha miltar longa
Israel afirmou que a "campanha" militar contra o Irã será "longa" e seu chanceler, Gideon Saar, considerou que a guerra "adiou pelo menos dois ou três anos" o desenvolvimento de uma bomba atômica no Irã.
Israel lançou em 13 de junho uma ampla campanha de ataques aéreos contra o Irã com o objetivo de evitar que seu arquinimigo adquirisse a bomba atômica.
Os bombardeios israelenses atingiram centenas de instalações militares e nucleares na República Islâmica, e tiraram a vida de militares de alto escalão e cientistas envolvidos no programa nuclear.
O Irã nega que deseja se dotar de armas atômicas e defende seu direito a um programa nuclear civil. "Não concordamos em reduzir as atividades nucleares a zero em nenhuma circunstância", disse Pezeshkian.
Lideranças iranianas mortas
O Exército israelense anunciou que havia matado três altos responsáveis da Guarda Revolucionária: Said Izadi, um comandante desse exército ideológico que era responsável pela coordenação com "a organização terrorista Hamas", e outros dois comandantes.
Em outros ataques israelenses, morreram quatro combatentes da Guarda em Tabriz (noroeste) e cinco militares no oeste do Irã, segundo agências locais.
(Com informações AFP)