Um homem de 70 anos foi deportado dos Estados Unidos após chutar o beagle Freddie, cão que que detectou mais de 45 kg de alimentos proibidos em sua bagagem. O incidente ocorreu na terça-feira, no Aeroporto Internacional Dulles, na Virgínia, durante inspeção de rotina realizada pelo animal que trabalha para a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP).

O egípcio Hamed Ramadan Bayoumy Aly Marie admitiu culpa por agredir o animal de cinco anos. Após Freddie identificar a mala suspeita proveniente do Cairo, ele conversou com um agente da alfândega e chutou o cão "com tanta força que ele foi levantado do chão".

O beagle, que pesa aproximadamente 11 kg, foi levado para atendimento veterinário de emergência. Os exames constataram contusões na área das costelas direitas. A conta do tratamento veterinário somou US$ 840 (aproximadamente R$ 4593), valor que o homem foi obrigado a pagar.

A inspeção da bagagem revelou 25 kg de carne bovina, 20 kg de arroz, 6,8 kg de berinjela, 900 gramas de sementes de milho, pepinos, pimentões e 450 gramas de ervas. Todos esses itens são proibidos de entrar nos Estados Unidos por poderem transportar doenças prejudiciais à flora e fauna nativas.

O incidente aconteceu às 6h30 da manhã, quando Freddie realizava patrulha com seu condutor. Imagens de vigilância do aeroporto registraram o momento da agressão, mostrando o beagle sobre as patas traseiras e depois suspenso no ar com as orelhas erguidas.

O homem foi imediatamente algemado e entregue ao departamento de segurança interna. Após audiência judicial, ele foi condenado a cumprir o tempo já detido e a pagar a conta veterinária. Na quinta-feira à tarde, o egípcio foi colocado em um voo de volta ao seu país.

Ao Daily Star, Christine Waugh, oficial sênior da CBP, afirmou que ser pego com tal quantidade de alimentos não significa que o egípcio poderia "agredir violentamente um beagle indefeso". Ela destacou que os agentes "dependem muito de nossos parceiros K9" e que Freddie estava "apenas fazendo seu trabalho", acrescentando: "Qualquer ataque malicioso a um de nós é um ataque a todos nós."

"A CBP continuará trabalhando com nossos parceiros de investigação e acusação para aplicar justiça rápida e severa aos perpetradores", declarou Waugh ao mesmo veículo.