Há uma pequena vila no sul da Espanha que resolveu tentar uma medida incomum para resolver um problema: proibiu a população de morrer. Em 1999, o então prefeito de Lanjarón, José Rubio, emitiu um decreto municipal que proibia os pouco mais de 3 mil habitantes de morrerem, e, na época, a notícia correu o mundo.
Segundo o Vice, a ideia por trás da proibição inusitada era um problema de falta de espaço no cemitério municipal até que a prefeitura conseguisse adquirir novos terrenos para expandir o local. Tudo indica que isso não ocorreu até hoje.
Ao implementar a medida, o prefeito ordenou: "Cuidarem ao máximo de sua saúde para não morrerem até que a prefeitura tome as medidas necessárias para adquirir terrenos adequados para que nossos falecidos descansem em glória", declarou na época. Sete dias depois, um amigo do prefeito, que tinha 91 anos, infringiu essa lei. Claro, não houve nenhuma punição.
Atenção a problema maior
A decisão, embora esteja relacionada a aspectos sérios, como a falta de espaço para sepultamentos, funcionou principalmente como estratégia para chamar atenção ao problema e pressionar autoridades regionais.
Quando questionado sobre sua autoridade para decretar tal proibição, Rubio afirmou: "Eu sou apenas um prefeito. Acima de mim está Deus, que é quem realmente comanda as coisas."
A população recebeu a medida de forma positiva, segundo o próprio prefeito. "Todos receberam o decreto com senso de humor e um forte desejo de cumpri-lo", disse Rubio. O decreto permanece tecnicamente em vigor até hoje, completando 26 anos de existência.