O caça "F-22 Raptor", uma das aeronaves mais avançadas da Força Aérea dos Estados Unidos, enfrenta uma vulnerabilidade inesperada relacionada à umidade interna. A transpiração dos pilotos dentro da cabine selada pode corroer componentes eletrônicos e comprometer a furtividade da aeronave. O problema foi identificado durante procedimentos de manutenção após missões rotineiras.
A umidade acumulada representa um risco para a operação do caça, que custa aproximadamente US$ 150 milhões por unidade, equivalente a R$ 831 milhões. O acúmulo ocorre porque a cabine pressurizada retém toda umidade gerada pela respiração, condensação e principalmente pelo suor dos tripulantes.
As características do projeto que priorizam furtividade, velocidade e manobrabilidade do "Raptor" criam condições favoráveis para este problema. Como resultado, a umidade pode se infiltrar em componentes sensíveis, incluindo fios, interruptores e sistemas eletrônicos.
Os manuais de manutenção da aeronave alertam que "trajes encharcados de suor em contato com painéis delicados, ou gotículas atingindo circuitos, podem causar corrosão". Esta vulnerabilidade evidencia que, apesar de seu design sofisticado, o "F-22" ainda apresenta fragilidades relacionadas a fatores humanos básicos.
Quando danos são detectados, são necessários trabalhosos processos de limpeza, decapagem e reaplicação de revestimentos furtivos. Estes procedimentos aumentam o tempo de manutenção da aeronave, que já exige dezenas de horas de serviço para cada hora de voo.