O grupo terrorista Hamas confirmou ter recebido, neste domingo (7/9), por meio de intermediários, uma proposta dos Estados Unidos para viabilizar um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Em comunicado, o grupo disse acolher "qualquer iniciativa que contribua para os esforços em prol da interrupção da agressão" e indicou estar pronto "de imediato" para iniciar negociações.

De acordo com a nota, o movimento aceitaria discutir a libertação de todos os prisioneiros, desde que houvesse, em contrapartida, uma declaração clara de fim da guerra, a retirada total das forças israelenses do território e a criação imediata de um comitê de palestinos independentes para administrar a região.

Viabilidade de um cessar-fogo em Gaza

O texto reforça que um eventual acordo só será viável com garantias públicas e explícitas de cumprimento por parte de Israel, para evitar o que chamou de "repetições de experiências anteriores". Como exemplo, citou uma proposta apresentada em 18 de agosto no Cairo, baseada em iniciativa americana, que teria sido aceita pelo Hamas, mas não recebeu resposta de Israel. O grupo acusou o país de prosseguir com "massacres e limpeza étnica" mesmo após aquela mediação.

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A manifestação ocorre horas depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que Israel já aceitou os termos apresentados por Washington para encerrar a guerra. O republicano advertiu o Hamas de que haveria consequências caso não aceitasse, descrevendo o aviso como o "último" dirigido ao movimento. Segundo o comunicado, o Hamas seguirá em contato permanente com os mediadores internacionais para transformar as ideias em um acordo abrangente.