Um ataque a tiros em Jerusalém deixou seis pessoas mortas nesta segunda-feira (8). O ministro de Defesa do país deu um ultimato ao grupo terrorista Hamas com ameaças de aniquilar Gaza. Atentado foi feito em ponto de ônibus na parte leste de Jerusalém, de maioria palestina ocupada e anexada por Israel. De acordo com agências de notícias, são seis mortos e 11 feridos.

Polícia israelense afirma que eram dois atiradores homens. Eles teriam chegado de carro ao ponto de ônibus e foram mortos por um policial e um civil armado. "Várias armas, munições e uma faca usada pelos 'terroristas', foram recuperadas no local", afirmou a polícia. segundo a polícia.

Hamas e Jihad comemoram ataque. O grupo extremista que pede a libertação da Palestina definiu o ataque como retaliação às operações de Israel em Gaza. "Afirmamos que esta operação é uma resposta natural aos crimes da ocupação e ao genocídio que está sendo cometido contra nosso povo", afirma a nota do Hamas. Jihad Islâmica, outro grupo militante palestino, também elogiou o ataque. Nenhum dos dois reivindicou a autoria do atentado.

Rabinos e espanhol de 25 anos estão entre vítimas do ataque em Jerusalém

Os rabinos Yosef David, 43, e Mordechai Steintzag, 79, além do jovem Yaakov Pinto, espanhol de 25 anos que emigrou para Israel, estão entre as seis vítimas do ataque a tiros em Jerusalém nesta segunda-feira (8). Segundo a imprensa local, David e Pinto viviam em Jerusalém, assim como Israel Matzner, 28, outra das vítimas identificadas. Levi Yitzhak Pash, cuja idade não foi divulgada, também morreu no atentado.O sexto nome é de uma mulher, Sarah Mendelson, 60.

Conhecido como "Mark", o rabino Steintzag era dono de uma conhecida padaria em Beit Shemesh. Ele emigrou dos Estados Unidos há décadas. Já Mendelson fazia parte da liderança do Bnei Akiva, um movimento juvenil sionista religioso.

Há ainda 11 feridos, dos quais seis em estado grave. A polícia israelense informou que dois agressores chegaram de carro e abriram fogo contra o ponto de ônibus em Ramot Junction por volta das 10h15 locais (4h15 de Brasília). Um segurança e um civil revidaram e mataram os atiradores. Com eles, estavam várias armas, munições e uma faca. Eles foram classificados como terroristas.

Em vídeos divulgados nas redes sociais, é possível ouvir o barulho dos tiros vindos de perto de um ônibus, e dezenas de pessoas começam a correr em desespero entre os veículos na via, naquele momento congestionada. Ramot Junction é uma ligação viária em uma das chegadas de Jerusalém.

A junção está localizada em uma parte da cidade que Israel capturou na guerra de 1967 e depois anexou, em uma ação que as Nações Unidas e a maioria dos países não reconhecem.
O Hamas elogiou os criminosos, aos quais chamou de "combatentes da resistência", mas não reivindicou a responsabilidade pelo atentado. O Jihad Islâmico, outro grupo terrorista palestino, também celebrou o atentado, sem assumi-lo.

Em resposta ao tiroteio, o ministro da Defesa, Israel Katz, prometeu revidar, ao dizer que "um poderoso furacão atingirá os céus da cidade de Gaza". Depois, o premiê Binyamin Netanyahu foi ao local do ataque e disse que Israel está lutando uma "poderosa guerra contra o terror". O ataque ocorre em meio a uma ofensiva de Tel Aviv para ocupar a Cidade de Gaza