Durante a cúpula do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a presença das forças armadas na América Latina e afirmou que o terrorismo não poderia ser confundido com os desafios de segurança pública enfrentados pelos países.
Na última semana, os Estados Unidos enviaram forças à Venezuela, que enfrenta crise de narcotráfico.
"A América Latina e o Caribe fizeram a opção, desde 1968, por se tornarem livres de armas nucleares. Há quase 40 anos somos uma Zona de Paz e Cooperação. A presença de forças armadas da maior potência do mundo no Mar do Caribe é fator de tensão incompatível com a vocação pacífica da região", declarou.
A cúpula dos Brics foi realizada nesta segunda-feira (8) de maneira virtual, entre os líderes do bloco econômico. Em seu discurso, Lula também mandou novos recados contra o conflito na Faixa de Gaza.
A decisão de Israel de assumir o controle da Faixa de Gaza e a ameaça de anexação da Cisjordânia requer nossa mais firme condenação. É urgente colocar fim ao genocídio em curso e suspender as ações militares nos Territórios Palestinos., declarou.
Lula afirmou ainda que o Brasil decidiu entrar como parte na ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça e que atuará na Conferência de Ato Nível para a Solução Pacífica da Questão Palestina.
"No vazio de tantas crises não solucionadas, o terrorismo continua a assombrar a humanidade. O Brasil repudiou o sequestro e assassinato de civis inocentes pelo Hamas, bem como os atentados na Caxemira."