Em busca de reparar diferenças históricas e fortalecer alianças contra ameaças regionais, o premiê do Japão, Fumio Kishida, desembarcou neste domingo (7) na Coreia do Sul e afirmou que seu "coração dói" quando pensa na dor e no sofrimento que foram causados durante o período em que os nipônicos ocuparam o país, de 1910 a 1945, um tabu nas relações entre as nações.
Os vizinhos asiáticos, ambos aliados cruciais dos Estados Unidos, têm divergências por temas históricos ligados à brutal ocupação colonial japonesa da península coreana, de 1910 a 1945, que incluiu escravidão sexual e trabalhos forçados.
Mas o presidente sul-coreano Yoon optou por deixar as divergências de lado e visitou Tóquio em março, para uma primeira aproximação.
"É minha responsabilidade, como primeiro-ministro do Japão, herdar e prosseguir com os esforços de nossos antecessores que superaram períodos difíceis. E cooperar com a Coreia do Sul, começando com o presidente Yoon, para trabalhar pensando no futuro", acrescentou Kishida.
As tentativas de solucionar as diferenças acontecem no momento em que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, intensifica o desenvolvimento e os testes de armas.
Em resposta, Estados Unidos e Coreia do Sul aumentaram a cooperação na área de defesa, com uma série de grandes exercícios militares, incluindo dois com participação japonesa. (AFP)