Tensão

Rússia X Ucrânia: leia os principais pontos do discurso de Joe Biden nesta terça

O chefe de Estado definiu os movimentos das forças armadas de Vladmir Putin como uma 'invasão' ao país vizinho e determinou uma série de sanções econômicas 'iniciais'

Por Lucas Negrisoli
Publicado em 22 de fevereiro de 2022 | 17:14
 
 
 
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Presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden afirmou, em discurso nesta terça-feira (22), que o país e aliados na Europa estão prontos para “responder em conjunto, com claridade e convicção” a quaisquer movimentos realizados pela Rússia contra a Ucrânia. O chefe de Estado definiu os movimentos das forças armadas de Vladmir Putin como uma “invasão” ao país vizinho e determinou uma série de sanções econômicas “iniciais”.

“Vladmir Putin bizarramente afirmou que os territórios de separatistas na Ucrânia não fazem mais parte do país e são território exterior. Esse é o início da invasão russa na Ucrânia. Vamos começar a implementar sanções muito além do que nossos aliados impuseram em 2014. Se a Rússia continuar com as invasões, vamos continuar a aprofundar essas sanções”, declarou.

“Quem, em nome de Deus, se acha no direito de declarar que territórios que pertencem a seus vizinhos são países? É uma violação da legislação internacional e demanda ações firmes da comunidade internacional. Nos últimos meses, coordenamos junto a nossos aliados uma resposta. A Rússia, inegavelmente, invadiu a Ucrânia”, completou.

Dentre as medidas anunciadas, estão “sanções totais” à “VEB.RF”, que é uma instituição financeira estatal do governo russo, e ao Banco Militar da Rússia. Ainda, o país está proibido de movimentar sua dívida externa em mercados ocidentais, de acordo com Biden. Em suma, explicou, isso significa que os russos “não poderão negociar mais em nossos mercados, nem nos mercados europeus”.

“Os EUA vão ajudar a ucrânia de defesa nesse tempo. Autorizei hoje novos aportes de soldados e equipamento estadunidenses, que estão na Europa, para a Ucrânia e nossos amigos. São movimentos de defesa. Não temos a menor intenção de lutar contra a Rússia. Queremos mandar uma mensagem: os Estados Unidos e seus aliados vão defender territórios”, afirmou Biden.

O presidente dos Estados Unidos disse, brevemente, que tentará tomar medidas que afetem apenas a economia russa, sem que haja alta de preços do petróleo para o mercado norte-americano. Apesar disso, ele admitiu que “defender a liberdade” terá “custos, também, para nós, em casa”. 

“Estamos nos unindo, com nossos aliados na Europa, para defender a Ucrânia. Estamos nos unindo contra a Rússia. Estamos nos unindo para proteger nossa aliança. Estamos nos unindo contra a ameaça que a Rússia impõe à paz mundial e estabilidade”, continua.

Por fim, Biden defendeu que “ainda há tempo para que o pior seja evitado” e que os Estados Unidos e seus aliados estão “abertos à diplomacia” se ela for “feita com seriedade”. “Julgaremos as ações da Rússia, não suas palavras. E o que é que a Rússia fizer a partir de agora, estaremos prontos para responder em conjunto, com claridade e convicção”, concluiu o mandatário.

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