A sociedade tem ciência da importância do transporte coletivo para a mobilidade de toda a população no dia a dia das grandes cidades. É pela oferta do transporte coletivo que milhões de pessoas têm acesso ao trabalho, à educação, à saúde e ao lazer. No entanto, o custo do transporte coletivo tem sido um tema constante no debate da opinião pública pelo custo da tarifa, que é insuficiente para manter o equilíbrio financeiro do sistema e chama atenção para a real necessidade de buscar soluções alternativas para a sua manutenção.
Vários fatores influenciam diretamente o custo do transporte coletivo, um serviço essencial para o desenvolvimento das cidades e para a qualidade de vida dos seus cidadãos. Em muitos casos, os subsídios governamentais ao transporte são insuficientes para cobrir todos os custos do sistema, o que leva ao aumento no percentual das tarifas para o ajuste das despesas. O aumento das tarifas pode causar a perda de passageiros, especialmente entre os grupos mais vulneráveis da população, como os de baixa renda.
Melhorias na qualidade da prestação do serviço são um desejo de todos e principalmente das empresas de transporte, que seriam muito mais eficientes operando somente com ônibus novos. O custo seria muito menor com a frota renovada, pois os veículos mais modernos são mais econômicos e poluem menos, além de exigir pouca manutenção.
O transporte em nossa cidade é uma responsabilidade que deve ser compartilhada entre o governo, as empresas de transporte e a sociedade civil. A falta de acesso ao transporte coletivo pode ter um impacto negativo na qualidade de vida das pessoas, aprofundando as desigualdades sociais e dificultando o acesso das pessoas mais pobres aos serviços básicos.
O diálogo é fundamental para identificar os desafios e encontrar soluções conjuntas. Por meio do diálogo e da busca por soluções inovadoras, podemos garantir um transporte coletivo de qualidade, acessível e sustentável para todos. Para assegurar um sistema sustentável e equilibrado, é necessário buscar fontes alternativas de receita.
O transporte coletivo por ônibus, assim como vários outros serviços essenciais, como água e luz, está disponível para todos os moradores, independentemente da classe social, todos os dias, sete dias por semana, em 365 dias do ano.
(*) Rubens Lessa Carvalho é presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de Minas Gerais (Fetram), do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) e da Seção do Transporte Rodoviário de Passageiros da Confederação Nacional dos Transportes (CNT)