Eduardo Amaral Gomes é médico ortopedista, traumatologista
e empresário do ramo imobiliário
Se você está com dor no peito, irritadiço, ofegante, estressado, às vezes suando frio, acorda de madrugada pensando nas dívidas, com a sensação de que nada faz mais sentido em sua vida, não tenha dúvidas: você está a um passo do infarto financeiro. Assim:
1) Você não tem um fluxo de caixa mensal: parece óbvio, mas um fluxo de caixa mensal vai permitir saber o quanto você ganha e gasta por mês. Para tanto, você pode usar uma planilha de Excel, um aplicativo, um caderno ou mesmo uma simples folha de papel. No fim do mês, você faz um resumo de todas as despesas e receitas, consolidando-as.
2) Você não tem um colchão financeiro: é necessário que você conte com uma reserva financeira para os imprevistos, como um problema de saúde ou conserto do carro. Acostume-se a guardar, também, de 10% a 15% do que você ganha.
3) Você não faz investimentos: é óbvio que sem poupança não há investimento. Poupe de 10% a 15% do que você ganha, e isso é que vai permitir que você realize os seus sonhos, como a compra da casa própria, um carro, férias no exterior, poupança para a faculdade dos filhos ou até mesmo a aposentadoria.
4) Você anda estressado: mantenha a “cabeça fria” e lembre-se de que a solução virá.
5) Você não tem diálogo financeiro com o seu cônjuge: cerca de 80% dos divórcios estão relacionados com o dinheiro, e há necessidade absoluta de incluir o cônjuge no planejamento financeiro.
6) Você não liga para os protestos e atrasos nas contas: esta é a pior solução e só vai complicar as suas dívidas. Renegocie com os credores.
7) Você não paga a fatura integral do cartão de credito, só o valor mínimo. Se você só paga a fatura mínima, que são os juros compostos exorbitantes mais taxas, você nunca abaterá o principal de dívida, ficando eternamente “pendurado” no cartão.
8) Você não procura ganhar mais e gastar menos: busque otimizar os seus ganhos atuais com uma atividade extra, além do seu salário normal. Assim, fazer um “bico” nos horários livres ou profissionalizar o seu hobby podem ser excelentes alternativas.
9) Você se esconde dos credores e amigos: enfrente os problemas de frente. Procure ajuda de gerentes de banco, amigos, pessoas bem-sucedidas, psicólogo e, por que não, um planejador financeiro pessoal.
10) Você não tem educação financeira: a educação financeira é a pedra angular para a sua independência. Se você for um analfabeto financeiro, apesar de ser PhD em outras áreas do conhecimento humano, você não sairá do buraco até alfabetizar-se adequadamente.
11) Você não tem sonhos: alguém já disse que “quem não sonha não vive”. Mas os sonhos devem ser realistas, e não devaneios, e ser avaliados periodicamente.
12) Você não tem condições de aposentar-se: na realidade, não se preparou. Sabe-se que somente 1% dos aposentados tem independência financeira. Nunca é tarde para começar.
13) Você se enclausura em casa: você também deve se divertir e fazer atividades prazerosas, fora de casa, com seus familiares.
Concluindo, para ter uma boa saúde financeira, as 13 principais causas do infarto financeiro devem ser evitadas, de modo imediato. Como tudo na vida, a prevenção do infarto financeiro é o melhor remédio...