Editorial

Conquista da vacina

Queda do número de mortes é trunfo contra o negacionismo


Publicado em 17 de novembro de 2021 | 03:00
 
 
 
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Na medida em que a imunização contra a Covid-19 avança, o falatório antivacinação vai caindo por terra. Ao passar os Estados Unidos em proporção de população com o esquema vacinal completo, anteontem, o Brasil mostra que os cientistas estavam certos ao destacar o potencial histórico do Plano Nacional de Imunizações (PNI).

Ainda que o movimento antivax tenha aproveitado a imunização contra a Covid-19 para ganhar adeptos, o balanço é positivo a favor da ciência. O alto número de não vacinados internados e a queda geral do número de óbitos são fatos que enfraquecem qualquer tese negacionista. Algumas figuras públicas com alto poder de influência insistem em ironizar a vacinação, mas fica cada vez mais evidente que agem assim só para manter o apoio da base mais fanática.

Nos Estados Unidos, onde 8% da população se identifica fortemente com o movimento antivacina, segundo a Escola de Saúde Pública da Universidade do Texas, a vacinação se estagnou nos últimos meses. O mesmo estudo aponta que outros 14% dos norte-americanos “às vezes” se identificam com a ideologia. Já no Brasil a adesão à vacinação chega a 94%, de acordo com pesquisa do Datafolha publicada em julho deste ano.

Os EUA largaram na frente na corrida da imunização e têm feito de tudo para ampliar a cobertura vacinal, incluindo sorteios milionários para quem receber as doses. Por outro lado, o Brasil enfrentou uma série de obstáculos políticos na aquisição dos imunizantes e, ainda assim, tem melhor performance na maratona. A vacinação vai sair mais forte da pandemia, mas sempre será importante lutar contra a sombra do negacionismo. 

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