Nestes tempos de pandemia, informação correta e equilibrada é uma ferramenta fundamental de apoio aos serviços de saúde no enfrentamento do coronavírus. Conhecer as formas de contágio e prevenção evita mortes e internações. Contudo, diariamente, as pessoas são bombardeadas com milhares de dados, versões e boatos sobre a nova doença. Por isso, são bem-vindas iniciativas como a do Facebook, que excluiu 50 milhões de postagens com conteúdos falsos ou duvidosos.
Um estudo da Organização Pan-americana da Saúde revelou que em 30 dias, mais de 360 milhões de vídeos foram carregados no YouTube e 550 milhões de tuítes foram postados com os termos “Covid-19”, “coronavírus” e “pandemia” em todo o mundo. As buscas pelo termo na internet cresceram entre 50% e 70% em todas as faixas etárias, segundo a instituição.
A dificuldade de selecionar informações de qualidade nesse cipoal de versões permanentemente à mão das pessoas, em seus smartphones e notebooks de trabalho, agrava os casos de ansiedade, síndrome do pânico e transtornos obsessivos compulsivos. Não fosse grave o suficiente esse quadro, pessoas emocionalmente sobrecarregadas se tornam menos capazes de responder eficientemente a demandas importantes das autoridades de saúde contra a pandemia.
Para combater o mal das fake news, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda verificar se a informação recebida faz sentido e se ela vem de uma fonte científica reconhecida e confiável. Outra orientação importante é observar quem compartilha esses dados e em qual contexto, para identificar postagens dirigidas a interesses pessoais. E, mais importante, nunca passar para frente uma mensagem se não tiver como confirmar a fonte ou a veracidade.