Poucas coisas despertam mais paixões nos brasileiros do que o futebol, mas não é pedir demais um pouco de racionalidade às autoridades e aos dirigentes de clubes na discussão do retorno dos torcedores aos estádios. Na terça-feira, o Ministério da Saúde deu aval à solicitação da Confederação Brasileira do Futebol (CBF) para a presença de torcida nos jogos.
A proposta é de ocupação de 30% da capacidade máxima das arenas apenas pelos torcedores do time mandante da partida. Caberá aos administradores dos estádios apresentar sugestões de protocolos para aprovação das autoridades de saúde municipais ou estaduais.
Ainda faltam orientações padronizadas e baseadas em critérios científicos sobre como garantir distanciamento entre as pessoas, procedimentos de entrada e saída, se haverá comercialização de alimentos ou procedimentos de desinfecção. Não é um mero jogo de palavras a questão sobre como deixar álcool à mão de uma multidão propensa a se inflamar.
Neste primeiro momento, não foi apresentada também qualquer abordagem para o tema do transporte coletivo, sobrecarregado em dias de partidas, ou sobre o funcionamento de bares e restaurantes no entorno dos estádios, locais óbvios de aglomeração de pessoas.
A Itália pagou um preço alto pela negligência de cuidados no jogo entre Atalanta e Valência, em 19 de fevereiro, no início da pandemia. Nos 15 dias posteriores ao evento, que teve público de 45 mil pessoas, o número de casos em Milão chegou a 145 e, em menos de um mês, já passava de 3.800, segundo o jornal “La Republica”.
Na falta da vacina e com só 8% dos brasileiros tendo testado positivo para a Covid-19, a reabertura de estádios sem critérios rigorosos de prevenção será uma loteria em que todos perdem
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Jogada perigosa
Questão dos critérios para volta da torcida aos estádios na pandemia
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