Com a perspectiva de que o pico da pandemia vai ocorrer no próximo dia 15, Minas entra em uma semana decisiva. Com mais de 50 mil pessoas infectadas no Estado atualmente, o governo projeta que 2.500 vão precisar de cuidados intensivos e internação, o que demandará de todos maiores esforços na prevenção e na disponibilização de serviços médicos.
Desde a detecção do primeiro caso de Covid-19 em Minas, os esforços para implantação de novos leitos de UTI se intensificaram, e hoje estes já passam de 3.200. Infelizmente, ainda se concentram principalmente nos grandes centros – em alguns casos, a quatro horas de viagem da localidade em que o paciente mora – e com pelo menos oito em cada dez já ocupados.
Secretarias de Saúde multiplicaram os esforços para aumentar a disponibilidade de leitos em parcerias com a iniciativa privada, o que depende de recursos cada vez mais escassos e da eficiência de profissionais de saúde desgastados por jornadas extenuantes e pela tensão decorrente da exposição continuada ao vírus.
Neste momento, medidas de isolamento social são inestimáveis para minimizar o contágio e aliviar a pressão sobre os serviços de saúde. Cerca de 4 milhões de mineiros vivem em cidades que aderiram ao programa de flexibilização. Na maioria deles, apenas serviços essenciais deveriam estar abertos – à custa de um sacrifício de empregos e renda para milhares de pessoas.
Mais do que nunca, é preciso que cada um não esmoreça com o distanciamento social, o uso correto de máscaras e os procedimentos de desinfecção. É essencial ter consciência de que cada gesto, desde os mais simples, tem repercussões para a toda a coletividade e, às portas do pico da pandemia – não é exagero dizer – tem o potencial para eliminar ou salvar vidas.