Terceira dose da vacina contra Covid é vital

A redução da média de casos de Covid-19 traz uma sensação de segurança que há muito a população não sentia. Cada vez mais as pessoas ficam à vontade sem máscaras nas compras, a situação de emergência foi revogada e os hospitais nem de longe lembram a lotação e o medo do auge da pandemia. Mas a tranquilidade aparente não justifica negligenciar cuidados.

Uma pesquisa divulgada nesta semana pelo jornal “O Globo” e Infotraker mostram que nove em cada dez pessoas que morreram de Covid entre março e setembro não haviam tomado a terceira dose da vacina contra a Covid-19. O índice supera o de outros grupos de risco, como idade acima de 60 anos ou presença de doenças crônicas ou imunossupressão.

Há vacina disponível nos postos de saúde. Somente em Minas Gerais, mais de 11,4 milhões de pessoas tomaram o reforço e 3,5 milhões receberam o segundo reforço (a chamada “quarta dose”). Os centros de saúde mantêm escalas para aplicação do imunizante que podem ser consultadas nos sites das secretarias municipais.

Os temores de ineficácia das vacinas não se comprovaram na prática. Pelo contrário. E novos estudos laboratoriais apontam que a proteção da terceira dose para crianças aumenta em até 80% a proteção contra variantes como a ômicron, que provocaram o assustador pico de casos do coronavírus em janeiro passado.

Não há justificativas para negligenciar o reforço vacinal e se expor a um perigo desnecessário. Para essas pessoas, a sensação de segurança não passa disso: uma sensação. Para garantir a imunidade e o fim definitivo da pandemia, é necessária a participação de todos para a meta de vacinação, controlar o vírus e, assim, poder levar a vida sem a sombra de uma doença que a ciência provou ser capaz de enfrentar.