Hoje, 19 de outubro, é o Dia D de Mobilização contra o sarampo. Um marco essencial na imunização de crianças menores de 5 anos em um momento em que os casos da doença cresceram 24% em uma semana no Estado e em que a cobertura vacinal com a tríplice viral não chega a 70% no país.
Infelizmente, um dos motivos de não se atingir a meta é a desinformação. De 111 alertas feitos no canal do Saúde sem Fake News, criado pelo ministério da área para corrigir mitos e boatos que circulam entre as pessoas, 15 são sobre vacinação e sarampo. As mensagens vão de que a tríplice viral causa autismo a falsos relatos de jovens com buracos no braço devido a uma agulhada.
Em alguns casos não há somente falta de instrução, mas um ato premeditado e intencional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconhece o movimento antivacina como uma das dez maiores ameaças aos programas sanitários globais ao favorecer a volta doenças como poliomielite e o próprio sarampo, que já haviam sido consideradas erradicadas em divesos países, entre eles o Brasil.
Não faltam estudos de instituições sérias e reputadas a demonstrar que vacinas são seguras e que não causam mais doenças do que previnem. Nem há qualquer comprovação de que seus efeitos colaterais sejam danosos como as correntes de WhatsApp insistem em tentar fazer parecer.
Imunizar as crianças – e os adultos na próxima fase da campanha – é um ato de responsabilidade necessário e urgente, diante dos riscos de deixar o sarampo proliferar e continuar a matar aos milhares por culpa de um mal igualmente contagioso, mas felizmente evitável: a ignorância humana.