JOSÉ REIS CHAVES

Mitologia, Bíblia, espíritos, deuses, demônios, anjos e santos

Com a exceção de Deus, todos são espíritos humanos


Publicado em 29 de janeiro de 2018 | 03:00
 
 
 
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Na Bíblia e na mitologia, deuses, demônios, anjos e santos são espíritos humanos.

Os santos da Igreja, é desnecessário que se diga, são também espíritos humanos. E os deuses, no plural, do paganismo, da mitologia, do politeísmo e da própria Bíblia, com exceção de Deus propriamente dito, o único e absoluto, são também espíritos humanos.

E eis passagens da Bíblia dizendo que nós somos deuses: “No tocante à comida santificada a ídolos, sabemos que o ídolo de si mesmo nada é no mundo e que não há senão um só Deus. Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses no céu ou sobre a Terra, como há muitos deuses e muitos senhores. Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também por ele” (1 Coríntios 8: 4 a 6).

Embora Paulo acentue o monoteísmo, dizendo que há um só Deus, ele nos fala dos que creem em outros deuses e, pois também, do politeísmo, constantes, igualmente, da mitologia. Essa crença politeísta e mitológica era generalizada entre todos os povos dos dois poderosos impérios romano e grego da época, em que o Antigo e o Novo Testamento da Bíblia foram escritos, daí a influência da mitologia nela.

Vejamos, agora, exemplos de que nós somos realmente deuses, pois é a Bíblia que o afirma, inclusive através do próprio Jesus. “Eu disse: Sois deuses. Sois todos filhos do Altíssimo” (Salmo 82: 6). “Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei; Eu disse: Sois deuses? Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar” (João 10: 34).

Quando os espíritos já são muito evoluídos, eles se tornam santos (canonizados ou não) ou anjos, que quer dizer mensageiros de Deus ou do mundo espiritual para nós e que nos trazem revelações e profecias. Exemplos: o Anjo Gabriel, que significa “homem iluminado”, foi enviado a Nossa Senhora, para avisar-lhe que ela seria a Mãe do Messias. E os profetas, hoje chamados médiuns, recebem espíritos que nos trazem profecias e revelações. Paulo até nos aconselha para que cultivemos o dom das profecias que, segundo ele, são mais importantes do que falar em línguas estrangeiras (1 Coríntios 14: 39).

Outro nome para o espírito humano é demônio (“daimon”, “daimones” no plural), o que só pode ser constatado pelas pessoas que estudam a Bíblia em grego. E o número dessas pessoas que conhecem a Bíblia (Novo Testamento) nessa sua língua original é reduzidíssimo. Se o demônio (“daimon”) for ainda atrasado, ele pode tentar as pessoas, persegui-las, obsediá-las e até possuí-las, como no caso da possessão.

E, como já dissemos, há os espíritos santos equivalentes aos anjos, mas todos são espíritos humanos ou “daimones” bons. Porém, há os “daimones” maus ou ainda atrasados, chamados também pelos evangelhos de espíritos impuros, ou seja, ainda não purificados.

Finalmente, os espíritos humanos é que são realmente os personagens ou os deuses da mitologia, que muito contribuíram para com o surgimento do politeísmo, pois, como vimos, até mesmo pela Bíblia, nós somos deuses. Mas como dizemos sempre, são os chamados deuses relativos do politeísmo e da mitologia, enquanto que o Deus verdadeiro e único é absoluto e que é o do monoteísmo!

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