Esse é o primeiro e grande sinal, a primeira e grande prova. Quem realmente diz amar ao Senhor deve cumprir com Seus mandamentos, com o que Ele ordena em Sua Palavra. Assim está escrito em João 2.3-6: “Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos seus mandamentos. Aquele que diz ‘eu o conheço’ e não guarda Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda Sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisso sabemos que estamos Nele: aquele que diz que permanece Nele, esse deve também andar assim como Ele andou”.
Este é o primeiro teste: se guardamos Seus mandamentos. E nossa fé não é uma religião, mas o relacionamento com Deus. Não é o que as pessoas ensinam, mas o que vivemos. Os mandamentos do Senhor são proteção para nossa vida. E a própria Palavra diz que esses mandamentos não são penosos. E não são sugestões, mas ordens. Porque, se vejo como sugestões os mandamentos de Deus, abro precedente para acatar ou não, seguir ou não, obedecer ou não.
Sabemos se amamos a Deus não por nossos dons e feitos, mas se guardamos os mandamentos de Jesus. É tão interessante isso! Por causa da vida que muitos levam, para justificar a contradição entre o que dizem e o que fazem, chegam a se valer desta máxima: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Como o mundo carece de gente de testemunho, que tem vida realmente com o Senhor.
Talvez por isso Jesus tenha dito a seus discípulos e a todos nós que somos sal e luz do mundo. O sal tem o poder de conservar, de preservar. E a luz tem a capacidade de trazer direção, pois, quando se está na luz, sabe-se para onde se está indo. E a luz dissipa todas as trevas.
Os mandamentos de Deus que devem ser obedecidos são muito mais que apenas não roubar, não matar, não mentir, não adulterar. Tem a ver com toda a Palavra de Deus, com todos os seus preceitos e estatutos. Jesus é a referência máxima, nosso maior modelo. Sua vida foi uma demonstração clara de seu amor ao Pai: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou”. O contexto desse verso diz respeito ao discurso que Jesus fazia sobre Si mesmo, quando Ele afirma ser o pão que desceu do céu.
O capítulo 6 é aberto com o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. Logo depois, o milagre de Jesus andar por sobre as águas e, em seguida, vir Jesus dizendo ser ele esse pão da vida. Adiante, Jesus é questionado pelos judeus sobre o fato de ele ter dito que é o pão da vida, quando então é narrado o episódio em que é dito que seus discípulos se escandalizaram com o discurso de Jesus, a ponto de o abandonarem e não mais andarem com Ele.
Esse é o custo do discipulado: a cruz. E só pode obedecer a Deus quem abre mão de si mesmo, de suas vontades, de sua carne, do próprio eu, de seus desejos próprios por algo de maior valor e importância: o Reino de Deus. Esse é o custo da obediência, pois os mandamentos e estatutos de Deus vão totalmente de encontro ao nosso querer, ao que o mundo ensina, apregoa, e à carne que grita dentro de cada um de nós. E é aí que muitos se perdem ou se estagnam, pois se veem nessa encruzilhada entre estes dois caminhos: o largo que conduz à perdição e o estreito que conduz à vida.
Amar a Deus, portanto, é guardar Seus mandamentos até o fim, custe o que custar. Que sejamos essa pessoa que ama ao Senhor de fato e demonstra isso por meio de uma vida coerente e condizente com aquilo que Ele diz. Você ama a Deus? Guarde, então, Seus mandamentos.