Depois de apontarmos os piores filmes de 2025, voltamos agora com a segunda parte do nosso especial de meio de ano (desta vez com uma seleção bem mais animadora). Afinal, o primeiro semestre trouxe de volta algumas produções aclamadas e apresentou estreias que rapidamente conquistaram o público e a crítica.

Abaixo, listamos as séries que mais se destacaram até agora:

Melhor Série da Disney+

Andor

Cassian (Diego Luna) resgata Mon Mothma (Genevieve O'Reilly) em cena da segunda temporada de Andor. Foto: LucasFilm/Divulgação.

 

Começando pela série favorita aqui do autor. Andor mostra, mais uma vez, que é muito possível Star Wars funcionar como um produto mais adulto, trabalhando temas mais pesados.

Se a primeira temporada abordou como nasce um rebelde, a nova leva de episódios expande o escopo para retratar o crescimento da Aliança Rebelde e os bastidores da resistência contra o Império.

Com roteiro afiado, atuações de alto nível e um olhar contundente sobre manipulação, propaganda e opressão, Andor se firma como uma das produções mais densas e bem escritas da franquia. A ambientação crua e realista ajuda a dar peso ao enredo, conectando com profundidade os eventos que levam a Rogue One e Uma Nova Esperança.

Para uma análise mais completa, confira em:
Andor: Uma segunda temporada espetacular

Melhores séries da AppleTV+

O Estúdio

Seth Rogen como Matt Remick em O Estúdio. Foto: AppleTV+/Divulgação.

 

Esta aqui foi uma grata surpresa. O Estúdio é uma comédia que nos coloca nos bastidores de Hollywood, acompanhando o presidente recém apontado de um estúdio de cinema.

Gerando situações que mesclam o divertimento com a vergonha alheia, vemos o protagonista e seus liderados tendo de solucionar (ou ajudar a piorar) os mais diversos problemas envolvendo a produção de filmes, o elenco e as diferenças criativas com diretores de peso.

É uma série que brilha no elenco, na imersão e na inventividade técnica para fazer com que cada episódio se destaque de uma maneira única. Além, é claro, de contar com uma infinidade de participações especiais de figuras da indústria.

Caso queira saber mais, confira nossa análise:
O Estúdio: Uma sátira de Hollywood com bom humor e críticas afiadas

Ruptura

Adam Scott como Mark S. na segunda temporada de Ruptura. Foto: AppleTV+/Divulgação.

 

Esse ano tivemos também o retorno de Ruptura. Uma série onde tudo gira em torno do mistério por trás da empresa Lumon: a grande corporação que inventou uma tecnologia capaz de separar as personalidades de seus funcionários dentro e fora do trabalho.

Série que funciona também como uma sátira do ambiente corporativo. Utilizando deste procedimento inusitado, a série o destrincha ponto a ponto, para nos convencer o quão problemático pode ser essa separação.

E depois de uma primeira temporada que instigou a todos com sua sátira corporativa e suas grandes revelações, utiliza da segunda temporada para mudar um pouco o formato, saindo mais do trabalho em si, para expandir a discussão sobre as duplas identidades de cada personagem. 

Também é uma série que sabe responder suas próprias perguntas, não deixando o espectador na mão. A segunda temporada garante com que muitos dos mistérios já sejam explicados antes de começar a criar novos.

Fica difícil comentar muito sem dar spoilers, mas é garantido que a experiência vai trazer reflexão, diversão, suspense e drama que são muito bem construídos e atuados.

Infelizmente ainda não temos um texto sobre essa série, mas fica a dica aqui para conferir esse fenômeno.

Melhores séries da Netflix

O Eternauta

Ricardo Darín como Juan Salvo em O Eternauta. Foto: Marcos Ludevid, Netflix.

 

E que tal uma ficção científica pós-apocalíptica latinoamericana? Baseada no clássico quadrinho argentino, O Eternauta surpreendeu pela qualidade técnica e força temática. A série mostra Buenos Aires sendo coberta por uma nevasca mortal, enquanto um grupo de sobreviventes tenta entender e enfrentar a ameaça.

Além do mistério envolvente, a série é também uma alegoria sobre os tempos de ditadura militar, convidando à reflexão sobre união popular e resistência diante da opressão, contando com atuações sólidas e produção caprichada.

Caso tenha interesse, confira nossa análise completa:
Eternauta: série argentina da Netflix usa ficção científica para refletir sobre opressão e esperança

Adolescência

Jamie Miller (Owen Cooper) e seu pai Eddie (Stephen Graham) recebendo orientações do advogado Paul Barlow (Mark Stanley). Foto: Netflix/Divulgação. 

 

Sem dúvidas a série mais impactante do ano até agora. Adolescencia trata-se de uma investigação de um caso de assassinato, causado por um garoto de apenas 13 anos. E foram necessários apenas 4 episódios para causar uma discussão mundial em volta de seu tema. 

Um tema muito pesado, mas que não fica só na abordagem sobre o assassinato em si. Ao longo da série, vemos uma discussão muito mais profunda de como as crianças (principalmente os meninos) estão sendo influenciadas por um ambiente online tóxico, que passam despercebidos pelos pais e responsáveis.

E é uma série que brilha na atuação e no aspecto técnico. Além da excelente direção, todos os episódios acontecem em plano sequência, em que os cenários são vivos, muito bem coreografados e que abraçam todo o drama envolvendo os protagonistas.

Uma experiência muito forte e que precisa ser assistida. Se quiser uma análise maior, veja em:
Adolescência vai mexer com você, e é por isso que você precisa assistir

 

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