A conclusão das obras no Hospital Regional Divino Espírito Santo, em Divinópolis, é uma prioridade no próximo mandato de Gleidson Azevedo (Novo), prefeito reeleito na cidade do Centro-Oeste mineiro. O irmão do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) foi o convidado do Café com Política da FM OTEMPO 91,7, nesta terça-feira (12 de novembro), e destacou a necessidade de um centro de saúde que atenda às demandas da cidade e de outros municípios dos arredores. 

As obras no hospital ficaram paradas por mais de dez anos e, neste ano, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou que a unidade será doada à Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ), funcionando como Hospital Regional e Hospital Universidade. A expectativa é de que a unidade seja entregue à universidade antes do encerramento do mandato de Zema como chefe do Executivo mineiro.

“(A prioridade), não só para Divinópolis, mas para toda a região Centro-Oeste é a questão do hospital regional. O Zema já deu a palavra dele. Ele esteve lá em Divinópolis há dois meses e falou que no ano que vem vai inaugurar o Hospital Regional. Então, eu acredito que é o grande marco da gestão durante esses oito anos, porque esse hospital já está lá parado desde 2014”, destacou Gleidson Azevedo em entrevista a O TEMPO. “Agora, eu acredito que o governo do Estado, com a prefeitura e mais os outros 50 municípios, vai poder entregar esse hospital para toda a região, porque é o grande gargalo”, disse. 

Segundo o prefeito da cidade conhecida como “a capital do Centro-Oeste”, as Unidades de Pronto-Atendimento acabam “levando a culpa que não é delas” por não conseguirem atender todas as demandas. “Às vezes, o paciente fica ali dez, 15 dias, pegando uma vaga que... não é culpa da UPA. A pessoa precisa ser transferida para um hospital e, às vezes, fica lá na UPA esperando por isso. Então, eu acredito que (com o Hospital Regional), a gente vai poder ter leito para tirar esse paciente da UPA e levar para o hospital”, afirmou Gleidson.

O prefeito ainda apoiou a transformação do Hospital Regional em, também, um hospital universitário. “Zema e o secretário de Saúde (Fábio Baccheretti) já anunciaram que, assim que foi inaugurado o hospital, isso vai ser repassado para universidade federal para poder criar um hospital escola. Então, eu acredito que essa proposta é muito importante, porque a gente vai fazer com que o hospital seja 100% SUS”, completou. 

Ainda segundo Gleidson, o maior obstáculo não está na entrega do hospital, mas no custeio do funcionamento da unidade de saúde. “Eu sou muito cobrado na questão de criar uma guarda municipal. Você criar a Guarda Municipal é muito fácil aqui, mas custear isso… essa é a grande dificuldade também do Hospital Regional. Mas, trabalhando com participação do município, Estado e Federação, eu tenho certeza de que a gente consegue entregar esse hospital para toda a região”, apontou. 

Entrevista concedida aos jornalistas Guilherme Ibraim e Thalita Marinho.