A prefeita reeleita de Contagem, Marília Campos (PT), apresentou nesta quarta-feira (6 de novembro) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dois projetos que pretende implementar na cidade da região metropolitana de Belo Horizonte em parceria com o governo federal. Marília esteve em Brasília, segundo ela, a convite do próprio presidente.
Uma das propostas é a ampliação das estações de trem no município, por meio de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no projeto que prevê a implantação do transporte ferroviário de passageiros entre Betim e Belo Horizonte, com uma parada em Contagem.
A medida seria adotada com mudanças no contrato de concessão da Ferrovia Centro Atlântico (FCA), que permitiria o transporte entre Betim e a capital. O objetivo é passar para três o número de pontos de embarque de passageiros em Contagem. Conforme a prefeitura, a medida poderia beneficiar 700 mil pessoas.
Outra demanda pautada pela prefeita de Contagem foi a instalação de um Instituto Federal de ensino tecnológico na cidade, fruto dos planos do governo Lula de implementar cem unidades do tipo no país nos próximos anos.
Acompanhada do secretário municipal de Governo de Contagem, Pedro Amaral, e de assessores, Marília também se reuniu com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, no Palácio do Planalto.
Após as reuniões, Marília afirmou a O TEMPO que o encontro foi um cumprimento do governo federal à sua reeleição e ainda serviu para alinhar prioridades do governo municipal junto à União.
“Ele (Lula) disse para escolher as prioridades de Contagem, e eu disse que já estava com elas em mãos. Apresentei as questões de mobilidade, que são de grande importância para a cidade”, disse a prefeita.
De acordo com Marília, as obras, juntas, custariam R$ 1 bilhão, sendo que R$ 700 milhões seriam para a ampliação do metrô até Contagem e R$ 300 milhões para implementar o trem de passageiros entre Betim e Belo Horizonte.
Questionada sobre as expectativas de o governo federal atender ou não as propostas levadas, Marília ressaltou que está confiante e pontua que o próprio presidente foi quem pediu para que ela elencasse as prioridades para seu governo no município. “Saí otimista, esperançosa”, declarou a petista.
Embates com Lula
Marília Campos tem mantido uma aproximação crítica com o presidente Lula. Apesar de ter sido apoiada formalmente pelo mandatário nas eleições deste ano, a petista tem feito críticas recorrentes à gestão do correligionário e aponta ressalvas, principalmente, no diálogo entre o governo federal e os municípios. Marília considera que as políticas públicas poderiam ser elaboradas de forma mais próxima entre as prefeituras e a União, especialmente as discussões sobre orçamento das cidades.