Eleito para a 1ª Secretaria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (4 de dezembro), o deputado estadual Gustavo Santana (PL) negou que a candidatura tenha sido motivada pelo movimento de Bruno Engler (PL) em direção à liderança de um dos blocos do governo Romeu Zema (Novo). Santana, que articulou o apoio dos pares para a Mesa Diretora às vésperas da eleição, é o atual líder do bloco.

O futuro 1º secretário da Mesa Diretora, que, assim como o restante dos membros, tomará posse em fevereiro de 2025, ressaltou que o PL lhe indicou à 1ª Secretaria. “Quando a gente é líder, a gente tem que escutar muito os liderados. Por isso, eu me tornei líder. Os liderados me pediram esta nova missão. Por isso, vim para a 1ª Secretaria”, justificou Santana, em coletiva à imprensa após a eleição. 

Interlocutores da ALMG relataram que Santana, filho do ex-deputado estadual e ex-deputado federal José Santana (PL), teria iniciado a articulação para tomar a 1ª Secretaria de Antonio Carlos Arantes (PL) ao se dar conta do movimento de Engler pela liderança do bloco. Além do PL, o grupo tem MDB, PRD, PDT, PSB, Solidariedade, PSDB e Cidadania. Ao todo, ele tem 26 dos 77 deputados estaduais.

Dos 11 deputados da bancada do PL, seis declararam apoio à candidatura de Santana à 1ª Secretaria da Mesa. Além dele mesmo, foram eles Caporezzo, Coronel Henrique, Delegada Sheila, Marli Ribeiro e Sargento Rodrigues. Os cinco restantes, Alê Portela, Engler, Coronel Sandro, Eduardo Azevedo e o próprio Arantes, não endossaram o apoio.

Santana afirmou que a liderança nada tem a ver com a eleição para a 1ª Secretaria da Mesa Diretora. “Sobre o cargo de liderança, é um outro caminho, para o ano que vem, quando nós vamos escolher o melhor nome, o melhor caminho. Não posso falar só eu. Nós temos vários partidos que fazem parte do nosso bloco. Então, nós vamos fazer, com certeza, uma construção”, pontuou ele.

O parlamentar ainda negou que a candidatura à 1ª Secretaria tenha sido uma resposta a Arantes, que teria apoiado as pretensões de Engler de se tornar líder. “O nosso partido é um partido firme, é um partido que anda conjunto e é um partido que conversa. Então, não tem nada. Nós, eu, Arantes, Bruno, todos os deputados, na maior parte, estamos caminhando juntos”, respondeu o próximo 1º secretário.

Santana citou como exemplo a sua eleição unânime para a 1ª Secretaria, em que os 73 presentes, inclusive, Arantes, aclamaram o nome. “A gente vê o apoio de todos os deputados para esta eleição, tanto que não teve nem concorrência. Poderia, uma possível chapa avulsa do deputado Antonio Carlos Arantes. Foi muito bem construído, muito bem conversado e todos em excelente harmonia”, defendeu ele.